IPCA registra desaceleração em março, com alta de 0,71%, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, apresentou desaceleração em março, subindo 0,71% em comparação com o mês anterior, quando havia registrado alta de 0,84%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, dia 11.

Foto: Valter Campanato – Agência Brasil

O grupo de Transportes foi o responsável pelo maior impacto na variação do IPCA em março, contribuindo com 0,43 ponto percentual (pp) e registrando uma variação de 2,11%. A gasolina foi o item que teve o maior peso individual no índice, com alta de 8,33%, representando um impacto de 0,39 pp no IPCA. O etanol também registrou aumento, avançando 3,20%.

Segundo o analista da pesquisa, André Almeida, a volta da cobrança dos impostos federais no início de março foi o principal motivo para o aumento nos preços da gasolina e do etanol. A Medida Provisória nº 1157/2023 estabeleceu a previsão do retorno da cobrança de PIS/Cofins sobre esses combustíveis a partir do primeiro dia de março.

No grupo de Transportes, outros itens apresentaram variações, como o gás veicular, que registrou queda de 2,61%, e o óleo diesel, com queda de 3,71%. As passagens aéreas também caíram 5,32% em março, após terem recuado 9,38% em fevereiro. Reajustes em tarifas de táxi em Belo Horizonte, em ônibus intermunicipal na região metropolitana do Rio de Janeiro, e em ônibus urbano em quatro áreas de abrangência do índice, também influenciaram no grupo de Transportes.

Em relação aos outros grupos, a saúde e cuidados pessoais registraram alta de 0,82%, e habitação teve aumento de 0,57%. No entanto, ambas apresentaram desaceleração em relação a fevereiro, contribuindo com 0,11 pp e 0,09 pp, respectivamente. O grupo saúde e cuidados pessoais foi pressionado pelo avanço de 1,20% do plano de saúde, que incorporou as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023. Já no grupo habitação, o maior impacto foi na energia elétrica residencial, que subiu 2,23% e contribuiu com 0,09 pp.

A alimentação no domicílio registrou queda de 0,14% em março, após ter apresentado alta de 0,04% em fevereiro, o que causou um aumento de 0,05% no grupo de alimentação e bebidas. O grupo de comunicação teve alta de 0,50%, enquanto o grupo de artigos de residência registrou queda de 0,27%, sendo o único a apresentar variação negativa no mês.