Brasil registra recorde de queimadas em 20 anos no 1º semestre

13.489 focos de fogo entre janeiro e junho

Queimadas na Amazônia – Desequilíbrio na natureza

O Brasil registrou mais de 13 mil focos de incêndio na região amazônica no primeiro semestre deste ano, com um aumento de 61% , mas houve uma queda no desmatamento, segundo um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Entre janeiro e junho, última data disponível, foram detectados pelos satélites 13.489 focos de fogo em comparação com os 8.344 contabilizados no primeiro semestre do ano passado.

Desde que os incêndios começaram a ser elencados pelo órgão, que foi em 1998, a Amazônia Legal sofreu mais incêndios no primeiro semestre apenas em 2004 (17,4 mil km²) e 2003 (17,1 mil km²).

“Infelizmente, boa parte dos biomas brasileiros estão sob um stress hídrico por falta de chuva, mas a maioria dos incêndios não surge de forma espontânea e sim por ação humana para expandir atividades agrícolas”, disse Romulo Batista, do Greenpeace Brasil.

Por outro lado, no primeiro semestre deste ano, foram desmatados 1.525 km² de floresta amazônica, a maior do mundo, em relação aos 2.649 km² destruídos em 2023, uma redução de 42%, segundo o INPE.

Em 2023, primeiro ano do governo do presidente Lula (PT), o desmatamento na região teve uma queda de 40% em comparação com 2022, de acordo com o Ministério de Meio Ambiente e Mudança Climática (MAM).