O governo federal rejeitou 115,7 mil cadastros de famílias em 231 municípios do Rio Grande do Sul que solicitaram o Auxílio Reconstrução, destinado às vítimas das enchentes de maio. As informações são do G1.
De acordo com a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, os dados apresentaram inconsistências como: pedidos em nome de pessoas com indícios de óbito, a mesma família solicitando a partir de diferentes cidades, famílias informando residirem no mesmo endereço e membros de uma família constando como integrantes de outra.
– No caso de Porto Alegre, por exemplo, temos 1.714 famílias que têm como endereço a Rua João Manoel, 157, endereço da prefeitura. Em Guaíba, 320 famílias têm como endereço a Avenida Nestor de Moura Jardim, 111, o prédio da prefeitura. Esses cadastros precisam ser individualizados. Não é possível a gente pagar um benefício para uma família com endereço de cadastro na prefeitura – explicou o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.
Entre as irregularidades detectadas estão: 4.016 famílias com integrantes cadastrados em duplicidade, em mais de uma família; 5.322 famílias que já receberam o benefício e estão requerendo por outra cidade; 1.433 chefes de família com indícios de óbito na base do governo; e 68.864 registros com mais de uma família no mesmo endereço.
O governo alertou que quem pedir o auxílio e receber o benefício sem ter tido prejuízos nas enchentes estará cometendo fraude e poderá responder civil e criminalmente. O governo federal disponibilizou uma lista atualizada das famílias do Rio Grande do Sul que receberam o benefício. É possível denunciar quem não deveria ter recebido.
AUXÍLIO RECONSTRUÇÃO
O Auxílio Reconstrução é um apoio financeiro de R$ 5,1 mil para quem teve perdas durante as enchentes, visando ajudar os afetados a retomar suas vidas, comprar eletrodomésticos, móveis ou fazer reformas.
O benefício já foi repassado a 346,8 mil famílias no estado, com um investimento de R$ 1,6 bilhão.