Lançamento da 5ª geração da internet traz novos debates sobre a cibersegurança; especialistas reforçam que proteção deve ser redobrada
No ano de 2012, a 4ª geração de rede de telefonia celular chegava ao Brasil, revolucionando a velocidade de internet e acelerando a integração do território nacional. Em 2022, a 5ª geração de internet móvel chega com o objetivo de democratizar a tecnologia nas relações cotidianas, promovendo, por exemplo, a possibilidade de controlar máquinas e automóveis remotamente, além de aumentar em 100 vezes a velocidade dos acessos no comparativo com a versão anterior. Desta forma, especialistas em segurança digital destacam a importância da proteção dos usuários no ambiente virtual.
O acesso aos eletrônicos e eletrodomésticos com conexão à web tem se tornado mais frequente para os consumidores. Apesar de esses equipamentos estarem em operação, tornaram-se limitados em razão da atual estrutura de internet 4G. De acordo com a coordenadora do curso de Sistemas de Informação do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Teresina, Andrea Rocha, a nova banda 5G traz maiores possibilidades de conexão em locais remotos, mas também oportunidade para acessos não autorizados.
“Hoje em dia, é possível estar em outro país e controlar os eletrodomésticos de casa, seja para ligar, desligar ou controlar o aparelho em uso. Isso é possível pelo avanço das tecnologias em si e da internet, responsável por permitir esse acesso amplo e acessível. Entretanto, com mais aparelhos conectados à rede, é possível, se não houver proteção, abrir espaço para ataques de hackers e outros usuários indevidos. Por isso, diretamente com essa crescente melhoria de velocidade de rede, também devemos aumentar o investimento em cibersegurança”, explica Andrea.
Com uma velocidade até 100 vezes mais rápida, a internet 5G potencializará o acesso dinâmico e com muito tráfego de informações aos equipamentos com suporte à tecnologia. Porém, a analista de sistema pontua que, por ser mais rápida, mais pessoas utilizarão, levando ao surgimento de mais pontos de roteamento de tráfego, ou seja, dispositivos como potenciais alvos de roubo de dados. Logo, é imprescindível o monitoramento para defesa. “Uma arquitetura de segurança deve ser implementada antes ou juntamente à liberação da banda para a utilização. Isso deve ser uma responsabilidade tanto das empresas quanto dos próprios cidadãos. Por serem vários pontos de roteamento, torna-se impossível o monitoramento de todos por uma única fonte, acendendo um alerta para o protagonismo da segurança digital de todo o tráfego de imagens, sons e tudo mais que precisará de proteção para não ser interceptado”, finaliza Andrea Rocha
Acesso ao 5G
Os clientes que tiverem um chip de operadora e um aparelho com suporte à tecnologia terão acesso à internet 5G. Para ter a certeza se o aparelho celular está homologado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) disponibiliza uma lista detalhada de quais celulares estarão aptos a navegar em alta velocidade. De acordo com a agência reguladora, Teresina é uma das capitais que receberá a tecnologia até o dia 29 de setembro de 2022.