Resultado é o melhor desde 2013 e especialistas acreditam em cenário otimista para o setor
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV)divulgou, no fim do mês de agosto, o Índice de Confiança da Construção (ICST) com aumento de 1,4 pontos em relação ao mês de julho. Já no comparativo do mesmo mês com o ano anterior, o aumento foi de 1,8 pontos. De acordo com especialistas do setor e economistas, o aumento reforça o ambiente de confiança dos investidores e resulta em mais créditos, obras e empregos.
A administradora financeira e coordenadora do curso de Ciências Contábeis do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Elisa Barroso, explica que o crescimento revelado pela FGV também coloca o aumento, na casa dos 98,2 pontos de confiança, atrás apenas da alta histórica, registrada em dezembro de 2013, quando atingiu 98,3 pontos. “Os números evidenciam algo que a população, em especial os economistas, adoram trabalhar. É uma cadeia de números positivos: com maior confiança, teremos mais crédito disponível. Logo, mais obras acontecendo, mais pessoas trabalhando, mais renda nas casas e mais dinheiro sendo movimentado. Um resultado muito bem-vindo, pois é o mais alto desde o final de 2013, há quase 10 anos. Isso é expressivo e denota melhora na nossa economia, fragilizada principalmente em razão do período pandêmico”, pontua Elisa.
Para a especialista, há a possibilidade de esse crescimento ter uma queda razoável ainda em 2022, em razão do período eleitoral e da suspensão de obras estruturantes e de moradia pelos governos e administrações públicas. Entretanto, com variação declinando temporariamente. “São vários índices demonstrando aumento ou estabilidade dos movimentos do setor da construção civil. Temos também o Índice de Situação Atual (ISA-CST) e o Índice de Expectativas (IE-CST) – dados referentes aos comparativos da confiança de vários setores, como os de serviço, comércio e construção – aumentando gradativamente. Claro, com o período eleitoral, é possível haver uma perspectiva de desaceleração dos investimentos. Mas as expectativas para a demanda de futuro próximo são bastante otimistas”, finaliza a professora Elisa Barroso.
No cenário de crescimentos, a FGV também sinaliza a intenção de 31% das empresas em contratar nos próximos meses, contra 11,9% indicando a possibilidade de redução. Desta forma, profissionais qualificados serão os principais requisitados na perspectiva da expansão da oferta de vagas relacionadas ao segmento das engenharias.