Altas temperaturas podem levar à desidratação e ser gatilho para doenças preexistentes.
Os meses que vão de setembro a dezembro no estado do Piauí são famosos pelas altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, uma época conhecida popularmente como B-R-O-BRÓ. Com o registro de secas mais severas e aumento nas queimadas, a umidade baixa ainda mais, podendo levar a complicações de saúde cada vez mais frequentes.
Segundo o médico responsável pelo Hospital Prontomed Infantil, o pediatra Ramon Nunes Santos (CRM/5271), quem mais sofre com a baixa umidade do ar são crianças e idosos, que não podem se arriscar a uma exposição prolongada às altas temperaturas. “As crianças e idosos têm maior facilidade para desidratação devido a suas condições de desenvolvimento e de saúde. Então, a atenção e os cuidados têm que ser redobrados, assim como o aumento na ingestão de líquidos por essas pessoas”, afirmou o médico.
Cuidado redobrado
De acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), a situação de seca que atinge o país é a mais grave da história recente. Enquanto isso, um relatório publicado pela Agência Nacional de Águas (ANA) apontou que, entre junho e julho, 66% do território piauiense era atingido pela escassez de chuvas.
Por isso, a importância do cuidado com a saúde no período mais quente do ano no Piauí. Segundo o dr. Ramon (CRM/5271) o corpo humano é capaz de regular sua temperatura, mas quando a temperatura externa ultrapassa esse limite de regulação, podemos passar por problemas sérios com o organismo.
“O clima é considerado excessivamente quente para o corpo humano quando a combinação de temperatura e umidade atinge níveis que tornam difícil a regulação da temperatura interna por meio da transpiração. O principal malefício é a desidratação decorrente do calor intenso. Outro problema associado é a exposição ao sol, que também pode levar a queimaduras de pele”, frisou o médico.
Ainda conforme o pediatra, essa situação pode desencadear problemas mais sérios e servir de gatilho para doenças crônicas. “A exposição frequente ao sol, desidratação persistente e insolação podem levar a problemas renais e até câncer de pele. Vale lembrar que o calor intenso pode ser gatilho para crises de doenças já preexistentes, como enxaqueca e tonturas”, alerta o médico.
Orientações para evitar a desidratação
· Não esquecer de beber bastante líquidos e andar sempre com a garrafinha de água. Beber mesmo sem sede.
· Evitar exposição solar direta e procurar sempre áreas de sombra.
· Evitar atividades físicas nos momentos mais quentes do dia, e, se possível, ajustar os horários para início da manhã ou fim de tarde.