O comportamento do setor imobiliário no Brasil tem apresentado resultados positivos, principalmente ao analisar os primeiros dois anos de pandemia. Embora haja esse cenário favorável, é importante observar que especialistas indicam que para o segundo semestre deste ano há sinais de alertas que devem ser levados em consideração, como a alta do custo da construção, a taxa básica de juros e a inflação, já que são alguns aspectos que tendem a interferir nesse cenário.
Especialistas vinculados à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em avaliação recente, destacam que o desempenho do mercado imobiliário nacional no segundo semestre deste ano pode ser comprometido pelo aumento de custo da construção (INCC), além do aumento expressivo de juros. Esse Índice é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mostrou que houve aumento de 2,14% no mês de junho, correspondendo à terceira maior elevação.
Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Teresina), Guilherme Fortes, o setor da construção mantém sua resiliência em função da importância que tem para o incremento da economia. Contudo, observa que os valores elevados dos insumos têm gerado impactos na rotina produtiva, necessitando de ações efetivas que contornem esse cenário. “Apesar disso, os empresários mantêm sua confiança com perspectiva de melhoras constantes. A própria Sondagem da Construção mostra que temos a expectativa de que nos próximos seis meses esse cenário pode trazer resultados ainda mais positivos”, observa.
Com relação à confiança do setor, Guilherme Fortes acrescenta que esse dado significa dizer a produção não vai parar. Mesmo com o custo elevado, o setor tem se comprometido em continuar avançando para propiciar competividade produtiva, impactando diretamente de forma positiva em diversos setores sociais, gerando renda, empregos e qualidade de vida. “Para combater os elevados preços dos insumos, o Sinduscon Teresina, juntamente com a Coopercon, está fazendo mais uma importação de aço da Turquia e isso ajuda a regular o preço”, finaliza Guilherme.