Teresina é a 1ª cidade no Brasil a ser inserida no Programa de Resiliência Urbana da ONU

A parceria firmada entre a Prefeitura de Teresina e o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-HABITAT), mediada pelo Departamento Agenda Teresina 2030, vinculado à Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLAN), vem trazendo resultados significativos desde o seu início, em 2019, onde as equipes têm trabalhado com foco nas áreas urbanas, através do Programa Global de Cidades Resilientes (CRGP).

Teresina é a cidade do Brasil que representa esse programa em pleno estado, sendo a primeira a implementar o programa e entregar resultados para as ações de resiliência na capital. O Programa Global de Cidades Resilientes (CRGP, em inglês) é o principal programa do ONU-Habitat de parcerias com governos locais para a Resiliência Urbana, fornecendo uma abordagem transversal e orientada à ação nos eixos de resiliência e desenvolvimento urbano sustentável.

Gabriela Uchôa, diretora de Cooperação da Programa Global de Cidades Resilientes de Teresina (CRGP, sigla em inglês)

O Projeto que funciona à nível mundial tem atuado em países como Espanha, Paraguai, Moçambique, Senegal, Tunísia e Colômbia. No Brasil, o foco tem sido a capital piauiense, com o desenvolvimento de um diagnóstico urbano que procura nortear os gestores locais na execução de políticas públicas que auxiliam no desenvolvimento urbano sustentável, unindo as pastas do governo em prol de beneficiar a população. Esse material foi denominado de “Diagnóstico de Resiliência Urbana de Teresina”, disponível em: http://bit.ly/diagnosticoteresina

“Foi feito um diagnóstico bem extenso das diversas demandas que a capital enfrenta, desafios que ela tem e os problemas crônicos existentes que precisamos tratar. Há um conjunto de recomendações também para construção de um futuro mais resiliente e sustentável. Sobretudo, um trabalho voltado para a gestão do ciclo da água e o desempenho econômico, pontos que foram agravados pela pandemia da covid-19, um grande desafio das cidades brasileiras”, explica Gabriela Uchôa, diretora de Cooperação da Programa Global de Cidades Resilientes de Teresina (CRGP, sigla em inglês).

A ONU participou nesta última semana de abril da agenda de reuniões e seminários com foco no projeto para Assentamentos Humanos no Brasil (ONU-Habitat), com a apresentação das “Ações Recomendadas para Resiliência e Sustentabilidade” para os gestores municipais e estaduais do Piauí. “Um território resiliente planeja e age para se preparar e responder aos perigos naturais causados pelo homem, com a finalidade de proteger e melhorar a vida das pessoas, assegurar o desenvolvimento, promover um ambiente de investimento e estimular uma transformação positiva em direção à sustentabilidade”, acrescenta Cíntia Bartz, coordenadora do departamento Agenda 2030.

Teresina aquece duas vezes mais do que a média global

Teresina é uma cidade que sofre com extremas mudanças climáticas e vulnerabilidades sociais, ambientais e econômicas. A alta taxa de vulnerabilidade à mudança de clima é um grande desafio para a construção da resiliência climática. Por outro lado, a taxa populacional apresenta oportunidade para uma mudança positiva.

“Nos anos 60, Teresina tinha 240 dias de calor. Hoje, é uma cidade que apresenta mais de 330 dias de calor. Uma transformação de mais de cem dias em um espaço pequeno de décadas. Então, trabalhos como este que estamos desenvolvendo e apresentando resultados, nortearão os gestores nas tomadas de decisão para melhorar a relação cidade- meio ambiente e também reduzir esses impactos ambientais e sociais que as mudanças urbanas e climáticas causam na capital”, finaliza Gabriela Uchôa, diretora de Cooperação do CRGP.