Foto: Reprodução / Renato Andrade
Com registro de temperatura de até 41 graus Celsius (segundo MetSul às 15h30), escolas de Teresina estão liberando alunos antes do horário, devido a onda de calor.
O Cidadeverde.com percorreu escolas na capital e o relato é de estudantes passando mal, principalmente em salas de aulas com aparelhos ar-condicionado com defeitos.
O diretor da escola municipal Mariano Alves de Carvalho, Jackysuel Feitosa Lima, informou que em uma semana, já teve que liberar por duas vezes os alunos antes do horário, devido o ar-condicionado estar com problema e a carga de energia não estar suportando a demanda da escola.
“Os alunos reclamam que não têm como se concentrar, ficam inquietos, chegam a passar mal com dor de cabeça, devido ao calor principalmente nesse período de altas temperaturas”, disse o diretor da escola, que tem 570 alunos. A unidade escolar funciona das 7h10 às 11h30 e das 13h às 17h e fica no bairro Santa Maria da Codipi. A escola teve que liberar 30 minutos antes do término da aula.
Jackysuel Feitosa informou que técnicos da Secretaria Municipal de Educação (Semec) já estiveram na escola para avaliar o problema. Das 18 turmas, manhã e tarde, três salas estão com ar-condicionado sem funcionar.
Na Vila Irmã Dulce, na creche Ruth Cardoso, a professora Margarete de Sousa disse que já teve que liberar as crianças de uma sala, pois o ar-condicionado estava quebrado.
“As crianças não aguentam, passam mal, não sentam na sala, não ficam confortáveis. É rotina a quebra de ar-condicionado e a escola necessita de melhorar sua estrutura”, disse Margarete.
De acordo com a professora Creunice Batista de Santana, da escola Monteiro Lobato, o horário das aulas continua normal, pois segue a determinação da Semec, mas a situação é caótica.
“Apenas três salas de aula de um total de 14 têm ar-condicionado, mesmo assim com defeito. Estou dando aula numa sala improvisada em uma turma do 4° ano com mais de 30 alunos. É uma sala de informática, sem janelas. Só com basculantes que não abrem. Pense numa tortura”, disse.
Segundo a professora, a escola Monteiro Lobato, no bairro Angelim, não é climatizada.
“Estamos trabalhando num calor infernal. Na maioria das salas só tem um ou dois ventiladores funcionando. É uma escola grande, com mais de 800 alunos do 1° ao 5° ano. É complicado trabalhar assim e o rendimento dos alunos também é prejudicado. As crianças ficam agitadas. Saem o tempo todo pra beber água e não se concentram nos conteúdos e atividades. A água dos bebedouros, principalmente no turno da tarde, fica quente, pois não tem capacidade pra gelar água suficiente para quantidade de alunos”.
Fonte: cidadeverde.com