A presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargador Liana Chaib, tenta fechar um acordo entre motoristas de ônibus e empresários para encerrar greve, que já dura três dias em Teresina.
A reunião iniciou por volta das 15h, na sede do TRT, na avenida João XXIII. O encontro acontece no gabinete da desembargadora Liana Chaib e conta com a presença do desembargador Manoel Edilson. Participam da reunião, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Francisco Cardoso e o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Edimilson Carvalho.
Após a reunião, a presidente do TRT, desembargadora Liana Chaib, informou que a greve vai continuar pois os sindicatos não conseguiram fechar um acordo.
“Hoje não temos um acordo. Não estamos saindo com uma definição. Estamos trabalhando para isso, mas sempre existe uma semente que está sendo plantada, é o que estamos fazendo hoje, plantando uma semente para que possa ocorrer essa definição. Vamos tentar realizar uma nova reunião amanhã”, afirmou.
A desembargadora Liana Chaib informou que está sugerindo um pacto emergencial para que a greve seja paralisada.
“A proposta do Tribunal é de um pacto emergencial. O pedido é que as categorias vislumbrem algo para depois, uma oferta para ser cumprida para daqui a três meses, ou cinco meses visando alguma melhoria, e se não for cumprida, aí sim teria a paralisação. Então essa é a proposta da Justiça”, disse a desembargadora.
Liana Chaib afirmou que está sendo difícil encontrar um acordo entre as duas categorias. “O impasse é que os dois sindicatos têm pouco a oferecer em razão da situação do transporte coletivo, que não é de agora, é de vários anos. Ainda teve a pandemia que agravou mais o problema, onde teve perdas mútuas e não se resolve de imediato, então queremos uma recomposição nem que seja um pouco mais lenta e esse é o nosso pedido, que eles possam vislumbrar isso para frente, um compromisso”, pontuou.
Ela informou que a participação do município é importante na discussão. “Eu entendo que quanto mais partícipes se envolvem no problema do transporte coletivo, evidentemente que soma e o município pode sim contribuir. Um problema para ser resolvido por três ou quatro é mais fácil. O papel do tribunal é tentar com todos que podem contribuir, então vamos tentar sim [com a prefeitura]”, finalizou.
Os motoristas e cobradores reivindicam reajuste salarial e assinatura da convenção trabalhista.
Atualmente os motoristas e cobradores de ônibus não recebem um salário fixo, e ganham por diária, por isso a classe reivindica que os empresários ligados ao transporte público assinem a convenção coletiva, que está há três anos sem ser firmada. A categoria pede reposição salarial que chega a 18%, e o retorno de benefícios como o plano de saúde e tíquete de alimentação.
Os empresários não concordam com a proposta.
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*Com informações da TV Cidade Verde