Nessa fase, será realizado interstício para averiguação da permanência de Teresina na categoria de risco baixo (verde) por mais uma semana, a despeito das medidas de flexibilização implementadas nas duas etapas anteriores.
Nesse momento, também não haverá nenhuma medida adicional. Segue facultativo o uso de máscaras por indivíduos de baixo risco em ambientes abertos, para atividades individuais ao ar livre; será intensificado o monitoramento de todos os indicadores por mais uma semana, somando mais alguns intervalos de série, que assim, já poderão refletir o impacto das duas primeiras etapas de flexibilização sobre o cenário epidemiológico da cidade e isso permitirá ainda a análise para o prosseguimento do plano, para a quarta etapa.
O plano de flexibilização teve início em 7 de março deste ano sendo instituído através do decreto n° 22.200 publicado pelo prefeito de Teresina, Dr. Pessoa.
“O COE tem feito uma análise situacional da Covid-19 no município de forma criteriosa e com técnicos preparados e competentes, tendo esse olhar para os indicadores científicos sobre a pandemia” disse o prefeito.
O médico, neurologista, virologista (Doutor em Virologia) e membro do COE, Marcelo Adriano explica o motivo de se avançar para a terceira etapa.
“Os indicadores epidemiológicos consolidados mostram que, na última semana, Teresina permaneceu no nível de baixa transmissão da covid-19, ou seja, na faixa verde de transmissão da doença, de acordo com os critérios do Centro de Controle de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos o que, por conseguinte, permite o avanço para a terceira etapa de flexibilização das medidas restritivas contra a covid-19 em Teresina”, disse.
Segundo a análise situacional da Covid-19, realizado pela equipe do Comitê de Operações Emergenciais (COE) Municipal, na 11 ª semana epidemiológica de 2022, Teresina apresentou nível baixo de transmissão da doença, sendo que no período de 13 a 19 de março, foram confirmados apenas dois casos da doença a cada 100.000 habitantes na capital.
Nesse mesmo período, foram internados apenas quatro casos de síndrome respiratória aguda a cada 100 mil habitantes em Teresina e apenas 2% dos leitos hospitalares do município estavam ocupados por pacientes com Covid-19.
Marcelo Adriano ressalta ainda que foram verificados alguns recordes epidemiológicos em Teresina.
“Nesta última semana, por exemplo, verificou-se o menor número de casos confirmados em uma semana durante todo o período de registro tabulado desde abril de 2020. Foi também calculada a menor taxa de transmissão, o menor índice básico de reprodução da doença desde o início da pandemia que agora, nesta última semana, ficou em 0.39,significando, portanto, que como o valor é menor que 1, que a epidemia está em fase de involução e significando que, por exemplo, 100 pessoas transmitem a infecção para 39 pessoas a cada ciclo, a cada geração de infectados que dura, geralmente, no caso da variante ômicron, aproximadamente três dias”, diz o médico.
O médico ressalta ainda que, após várias gerações de infectados, ou seja, após vários ciclos de transmissão que já se passaram desde a retomada das atividades escolares, desde o período de carnaval, e algumas gerações, também após alguns ciclos de transmissão, após a primeira e a segunda etapa desse processo de flexibilização, não houve aumento da transmissão, do número de casos, da positividade, não houve aumento do número de atendimento por síndrome gripal indicando, portanto, que a flexibilização mantém-se de forma segura, responsável e monitorada.
Após os resultados que serão apresentados na análise da próxima semana, e a capital se mantendo na faixa verde (nível baixo) de transmissão, o município entrará na quarta etapa do plano de flexibilização que iniciará em 28 de março.
Nesta etapa, será revogada a obrigatoriedade do uso de máscara até mesmo em ambientes fechados, incluindo-se escolas e academias, respeitadas as demais exigências preconizadas pela vigilância sanitária municipal.
Marcelo Adriano fala sobre o surgimento de novas variantes com maior ou menor agressividade, maior ou menor transmissibilidade, bem como o aumento localizado no número de casos em alguns países, ou regiões do Brasil ou mesmo do Piauí, o que, segundo ele, serão uma tônica daqui para frente.
“Nós vamos ter que aprender a conviver com isso, mas nós temos dois colchões de proteções que são a cobertura vacinal e o monitoramento epidemiológico, monitoramento dos indicadores em tempo real que é capaz de sinalizar qualquer alteração no padrão verificado do cenário epidemiológico, possibilitando a implantação de medidas de controle indicadas para cada situação. Em última análise, até podem sim retomar a recomendação de medidas restritivas anteriormente flexibilizadas, mas o nosso novo normal daqui pra frente vai ser ter essa convivência mas com o monitoramento atento para que Teresina e para que nossa região, nosso Estado fique protegido das interferências das consequências indesejadas da Covid-19”, conclui Marcelo Adriano.
Vacinação
Teresina, atualmente, apresenta um dos melhores índices de vacinação contra Covid-19 entre as capitais do país. Segundo a Fundação Municipal de Saúde (FMS) um total de 99,9% da população do município já está vacinada com a primeira dose e 94% com a segunda dose.