José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil durante o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu em entrevista à RedeTV a reeleição de Lula em 2026. Dirceu afirmou que o Brasil precisa de um projeto de desenvolvimento nacional, com reformas estruturais e políticas de longo prazo, especialmente nas áreas de ciência, tecnologia e educação.
Para o petista, não há outra liderança que possa ser candidata, e um projeto de longo prazo precisaria de três governos seguidos para ser bem sucedido.
Durante a entrevista, Dirceu negou a existência do Mensalão, escândalo de compra de votos no Congresso durante o governo Lula, afirmando que foi condenado sem provas. Ele também criticou a Operação Lava Jato, dizendo que virou um “instrumento político”.
O ex-ministro também teceu críticas ao atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmando que a manutenção da taxa básica de juros no atual patamar de 13,75% ao ano é “quase um crime de responsabilidade”. Dirceu considera que o juro é negativo no mundo atualmente e que não há sentido em manter a taxa de juros tão alta, prejudicando a industrialização do Brasil.
José Dirceu ocupou cargos públicos como deputado estadual, deputado federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. Ele foi um dos principais ministros do primeiro governo de Lula, tendo ocupado o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil entre janeiro de 2003 e junho de 2005. Desde 2005, ele não ocupa nenhum cargo público.