O Ministério Público do Piauí, representado pelos promotores de Justiça João Malato Neto, Juciano Monte e Diego Melo, obteve novamente a condenação do réu Ezequiel Rodrigues de Araújo, a uma pena de pena de 26 anos e 08 meses de reclusão em regime fechado, além uma indenização de R$ 300.000,00 aos familiares da vítima, num segundo julgamento realizado em Teresina, nessa quinta-feira, 06 de março de 2025. A Assistente da Acusação Samila Borges de Araújo Soares também atuou perante o Tribunal do Júri.
O condenado já havia sido julgado pelo mesmo crime no ano passado, mas a defesa recorreu alegando que houve violação ao exercício do direito do silêncio parcial do réu.
O condenado foi levado a julgamento pela prática do crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil, com emprego de meio cruel, pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio (artigo 121, §2º, II, III, IV e VI e §2º-A, II, do Código Penal).
Consta dos autos que no dia 25 de janeiro de 2022, por volta das 07:00h, na Rua Goiás, esquina com a Rua Monsenhor Gil, o acusado participou ativamente do assassinato da vítima Valdirene Torquato da Silva, sua ex-companheira, a qual foi atacada com dezessete golpes de arma branca (faca) desferidos à curta distância.
As investigações da Polícia apontaram que o condenado, motivado por ciúmes, premeditadamente, armou-se com uma faca no início da manhã e deslocou-se de bicicleta até as proximidades do local de trabalho da vítima. Ao avistá-la na via pública, a atacou pelas costas, desferindo as facadas que ocasionaram o seu óbito. Ezequiel tentou fugir do local, mas foi preso por agentes da Polícia Militar.
“Foi um crime terrível, motivado por ciúmes, com emprego de muita violência. Não podemos, enquanto sociedade, tolerar esse tipo de ação criminosa contra a mulher. Por isso, a atuação firme do Ministério Público pela nova condenação do réu”, enfatizou o promotor João Malato Neto.