O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou Roraima como uma área sob quarentena para a Bactrocera carambolae, conhecida como a mosca da carambola. A medida visa adotar medidas de monitoramento, delimitação, contenção e controle da praga no estado por tempo indeterminado.
Desde 2010, a mosca, que é considerada uma praga quarentenária, está presente em Roraima e causa danos não apenas na carambola, mas também em outras frutas de grande valor econômico como goiaba, caju, manga, taperebá, acerola, muruci, tangerina e pitanga, entre outras.
A mosca da carambola é originária da Indonésia, e chegou ao Suriname em 1975 e em 1996, foi encontrada no Brasil, no Oiapoque, no Amapá. A praga costuma causar impacto socioeconômico e ambiental, como o aumento de custos e redução na produção, contaminação ambiental e de alimentos pelo aumento na aplicação de agrotóxicos, restrições à exportação de frutas e também aumento dos gastos com controle fitossanitário caso se espalhe por outras regiões.
Uma das causas da dispersão da praga é o transporte de frutos hospedeiros. A contaminação da fruta ocorre quando ela é perfurada e dentro são colocados ovos da mosca. No local da perfuração é formado um buraco onde se dá o apodrecimento. As larvas da mosca destroem a polpa das frutas, ficando ruim para o consumo.
Segundo a portaria publicada, a quarentena seguirá por tempo indeterminado, “desde que não ocorra alteração de status fitossanitário e sejam observadas as exigências legais para sua manutenção”. A medida é uma forma de prevenir a disseminação da praga para outras regiões e garantir a produção segura de frutas em Roraima.