O Sebrae divulgou um levantamento mostrando que pequenas e médias empresas (PMEs) são responsáveis por 85% das vagas de trabalho geradas em fevereiro. Em números absolutos, foram abertas 206.697 vagas de trabalho, de um total de 241.785 postos criados no período. As micro e pequenas empresas (MPEs) também lideram a geração de empregos em 2023, respondendo por 83% dos novos postos gerados no acumulado do ano.
O setor de serviços foi o que mais contratou, seguido pela indústria de transformação e construção, enquanto o comércio teve saldo negativo de 1.344 novos postos de trabalho. Para especialistas, a geração de empregos pelas pequenas empresas ajuda a desconcentrar a riqueza e capilarizar os circuitos econômicos, além de absorver uma mão de obra que depende de menos tecnologia.
O levantamento destaca a importância das pequenas empresas na geração de emprego e renda, que contribuem para assegurar a cidadania de milhares de pessoas e suas famílias. A cada dez postos de trabalho gerados no Brasil, oito foram criados pelas micro e pequenas empresas em 2022. Em 2023, a participação das MPEs no saldo total é de 83%. Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, falar de desenvolvimento econômico e social é falar da micro e pequena empresa. A boa notícia é que o setor tem se mostrado promissor: um casal de Brasília investiu cerca de R$50 mil e abriu um fast food de sushi com seis funcionários em 2023, após começar a entregar comida japonesa durante a pandemia para complementar a renda. A expectativa é de abrir um segundo restaurante até o final do ano.
Economistas afirmam que as pequenas empresas ajudam a desconcentrar a economia, uma vez que as oportunidades geradas são mais próximas das casas das pessoas, capilarizando os circuitos econômicos. Além disso, essas empresas tendem a absorver uma mão de obra que depende de menos tecnologia. Juliana Bacelar, professora de economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, destaca o peso muito importante das pequenas empresas na geração de emprego, que vai melhor nos serviços do que no comércio. Os dados também apontam que médias e grandes empresas tiveram saldo negativo pelo segundo mês consecutivo, com mais demissões do que contratações