Enquanto milhões de brasileiros lutam para pagar contas e enfrentar a alta do custo de vida, o governo federal abriu uma licitação de R$ 1,7 milhão para mobiliar e equipar o Palácio do Planalto com itens como frigobares e lustradores de sapatos. Apenas 18 desses eletrodomésticos somam R$ 44 mil, enquanto 38 lustradores de sapatos custarão R$ 62 mil aos cofres públicos. O argumento oficial é a “modernização dos espaços de trabalho”, mas a gastança levanta questionamentos sobre as reais prioridades da gestão.
A lista de compras inclui 817 peças de mobiliário e 293 eletrodomésticos, entre elas 200 cadeiras giratórias de espaldar alto por R$ 367 mil e 64 cadeiras “tipo presidente” ao custo de R$ 218 mil. Há também fragmentadoras de papel avaliadas em R$ 90 mil e sofás que somam R$ 51 mil. A justificativa governamental menciona “saúde e conforto”, mas o volume de gastos sugere uma administração mais preocupada com luxo do que com eficiência.
A licitação foi publicada no dia 17 de fevereiro, com sessão pública marcada para o dia 27. A ata de registro de preços terá validade de um ano, abrindo margem para novos gastos no mesmo molde. Enquanto isso, a população lida com dificuldades crescentes, assistindo a um governo que, em vez de buscar soluções para os desafios econômicos, prioriza o conforto da elite do Planalto.