Aliados de Bolsonaro mudam estratégia na Câmara dos Deputados
Aliados de Bolsonaro desistem da anistia e focam no fim do foro privilegiado

Aliados do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados tomaram uma decisão importante em relação aos projetos em pauta. O líder do Partido Liberal (PL) na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 não será votado no plenário, pelo menos por enquanto. Como nova estratégia, a bancada bolsonarista irá concentrar esforços na aprovação do projeto que acaba com o foro privilegiado.
Uma mudança significativa
Após recentes eventos, incluindo uma reunião entre líderes partidários, Sóstenes destacou a necessidade de ajustar o foco para alcançar objetivos comuns. A pauta da anistia foi temporariamente deixada de lado em prol do projeto de extinção do foro privilegiado, visando aliviar a pressão sobre os parlamentares.
Desafios e resistências
Durante os tumultos na Câmara, membros do PL pressionaram pela votação do PL da Anistia, porém esbarraram na resistência do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), que defendeu a definição da pauta por consenso no Colégio de Líderes.
O cenário se complicou ainda mais com as representações na Corregedoria contra os deputados envolvidos nos protestos, tornando a aprovação da anistia uma tarefa árdua no momento atual.
Nova perspectiva para o debate
A mudança de estratégia vem acompanhada de um redirecionamento para a votação da PEC 333/2017, que trata do fim do foro privilegiado. Embora ganhe força, especialmente no Senado, a proposta enfrenta oposição, que questiona o tratamento diferenciado dado a autoridades em processos criminais.
Com posturas divergentes, o embate promete ser intenso. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (SP), manifestou sua oposição à proposta, questionando a necessidade de autorização parlamentar para investigações criminais envolvendo autoridades.