Análise de pedidos de visita a Bolsonaro por Moraes

No oitavo dia de prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, as movimentações políticas e as articulações internas foram intensas. O Supremo Tribunal Federal recebeu 31 pedidos de encontros com o ex-presidente, todos sujeitos à autorização do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso.

Até o momento, Moraes deferiu dez pedidos, rejeitou um e segue analisando os demais. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) foi o único a ter a solicitação negada, sob a justificativa de ser alvo de um inquérito sigiloso relacionado às investigações sobre Bolsonaro.

Encontros autorizados e presenças ilustres

Dentre os visitantes já autorizados destacam-se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado Junio Amaral (PL-MG) e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. Além disso, Bolsonaro recebeu familiares, médicos e advogados, incluindo uma celebração do Dia dos Pais com seus dois filhos: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC).

Desde que iniciou seu confinamento, em sua residência no Jardim Botânico, em Brasília, a casa de Bolsonaro tornou-se um importante ponto de encontro para aliados do PL. O partido planeja realizar reuniões no local para discutir estratégias e direcionamentos, visando uma articulação que sofra menos interferência do que no período em que Moraes vetou o contato entre Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente da sigla.

Nessa nova fase, líderes como Valdemar e o secretário-geral Rogério Marinho ainda aguardam autorização para visitar o ex-presidente. Além disso, também solicitaram encontros os vice-presidentes da Câmara e do Senado, Altineu Côrtes (PL-RJ) e Eduardo Gomes (PL-TO), juntamente com os líderes do PL nas duas Casas, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Portinho (PL-RJ).