Bruno Henrique suspenso por 12 jogos e multado em R$ 60 mil
Atacante do Flamengo é punido pelo STJD por conduta antidesportiva.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) condenou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, a uma suspensão de 12 partidas e uma multa de R$ 60 mil. Durante o julgamento que se estendeu por mais de oito horas nesta quinta-feira (4), o jogador foi acusado de forçar a expulsão em uma partida contra o Santos para favorecer apostadores. Embora absolvido da acusação de manipulação de resultado, os auditores determinaram que Bruno Henrique agiu de forma contrária à ética esportiva.
O julgamento ocorreu sem a presença física do jogador, que acompanhou remotamente e optou por não responder aos questionamentos. Enquanto Bruno Henrique goza de folga durante a Data FIFA, o Flamengo já anunciou que pretende recorrer da decisão. O clube está confiante em conseguir um efeito suspensivo, permitindo que o atleta continue a jogar até que o caso seja revisado em instâncias superiores.
O caso foi defendido no tribunal pelo advogado Alexandre Vitorino, com representações jurídicas do Flamengo através de Michel Assef Filho e Flavio Willeman. Além de Bruno, outros quatro atletas amadores foram denunciados, com três participando da audiência virtualmente. Uma preliminar de prescrição foi rejeitada, mantendo o caso em andamento.
Durante o julgamento, a Procuradoria do STJD apresentou um vídeo de um apostador afirmando ter conhecimento prévio sobre o cartão amarelo que Bruno Henrique receberia. O lance foi exibido na Comissão, com a Procuradoria sustentando que o comportamento do jogador violou a ética esportiva, mesmo sem a confirmação de envolvimento direto em apostas.
O caso de Bruno Henrique também tem desdobramentos na Justiça comum. Em abril, ele foi indiciado pela Polícia Federal por fraude esportiva, com base na Lei Geral do Esporte, que pode resultar em prisão. O Ministério Público do Distrito Federal aceitou a denúncia, tornando o jogador réu, após investigações revelarem que ele teria avisado seu irmão sobre o cartão amarelo, o que levantou suspeitas devido ao volume de apostas.
A investigação inclui ainda Ludymilla Araújo Lima, Poliana Ester Nunes Cardoso e outros amigos próximos, com a Polícia Federal encontrando mensagens comprometedoras durante uma operação de busca e apreensão. O caso segue em andamento, tanto no tribunal esportivo quanto na Justiça comum, destacando a complexidade e seriedade das acusações.
Fonte: Divulgação
