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Confiança de serviços no Brasil: Junho registra queda e pessimismo para o futuro

Confiança de serviços no Brasil cai em junho, com perspectivas futuras negativas.

Por Redação

A confiança no setor de serviços do Brasil sofreu uma nova queda em junho, refletindo a deterioração das perspectivas tanto atuais quanto futuras, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 1,2 ponto no mês, atingindo 90,7 pontos e praticamente anulando o avanço registrado em maio. Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE, destacou que o resultado de junho reforça a tendência de queda da confiança durante o ano. 

O Índice de Situação Atual (ISA-S) também apresentou redução, alcançando 92,7 pontos, o menor nível desde fevereiro de 2022. Ambos os componentes do ISA-S registraram recuo em junho, com o indicador de volume de demanda atual caindo 2,5 pontos. No que diz respeito às expectativas futuras, o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 1,0 ponto em junho, chegando a 88,8 pontos. 

O cenário macroeconômico, com pressões de preços e política monetária contracionista, sinaliza um segundo semestre de desaceleração da atividade, levando as empresas a adotarem uma postura pessimista quanto às perspectivas futuras do setor de serviços. A análise aponta que a deterioração na situação atual dos negócios é mais intensa no setor de serviços profissionais. 

Mesmo com um mercado de trabalho aquecido, as empresas esperam uma redução na demanda a curto prazo, o que contribui para um cenário de pessimismo em relação ao futuro. De acordo com Pacini, não há indicativos de reversão dessa tendência nas expectativas das empresas, que antecipam um período prolongado de desaceleração da atividade. 

Diante desse contexto, a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros Selic evidencia a preocupação com as pressões inflacionárias e a necessidade de uma política monetária mais restritiva. A expectativa é de que a taxa permaneça inalterada por um período considerável, sinalizando um ambiente de desafios e incertezas para o setor de serviços no segundo semestre de 2025.