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Decisão Judicial: Réus do caso Lokinho não serão julgados pelo Tribunal do Júri

Juíza mantém reclassificação do crime de homicídio para culposo no caso Lokinho. Entenda a

Por Redação
Foto: Reprodução Justiça decide que réus por acidente na BR-316 não serão julgados pelo Tribunal do Júri - (Reprodução)
Justiça decide que réus por acidente na BR-316 não serão julgados pelo Tribunal do Júri - (Reprodução)

A decisão judicial no caso que ficou conhecido como "Caso Lokinho" trouxe uma reviravolta ao determinar que os réus não serão julgados pelo Tribunal do Júri. A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, manteve a reclassificação do crime de homicídio doloso para culposo no processo envolvendo Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa e Pedro Lopes Lima Neto, este último mais conhecido como Lokinho. A decisão foi proferida em junho e negou o recurso apresentado pelo Ministério Público do Piauí (MP-PI) que buscava levar os réus a julgamento pelo Tribunal do Júri.

As Circunstâncias do Acidente

O caso em questão refere-se a um trágico incidente ocorrido em outubro de 2024, na BR-316, zona Sul de Teresina. Os réus foram acusados de atropelar quatro pessoas, resultando na morte de duas mulheres e ferimentos em outras duas vítimas. Stanlley foi preso em flagrante logo após o acidente, tendo sua prisão convertida em preventiva posteriormente. O Ministério Público denunciou ambos por homicídio doloso, alegando dolo eventual devido ao suposto excesso de velocidade e manobra realizada pelo veículo.

A juíza fundamentou sua decisão alegando a insuficiência de elementos nos autos para comprovar a acusação de dolo eventual. Segundo ela, não há provas concretas de que houve excesso de velocidade, nem de que a mudança de faixa realizada pelo condutor tinha a intenção de assustar as vítimas.

O Desdobramento Jurídico

Com a reclassificação do crime para homicídio culposo, a possibilidade de os réus serem julgados pelo Tribunal Popular do Júri é reduzida, uma vez que essa instância é responsável por julgar crimes dolosos contra a vida. O Ministério Público recorreu da decisão, e o processo agora segue para análise pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Piauí, que poderão confirmar ou alterar a sentença da juíza.

O desfecho desse processo continuará sendo aguardado pelas partes envolvidas e pela opinião pública, já que o caso despertou grande interesse e comoção na sociedade. A tragédia, que resultou na perda de vidas e ferimentos graves, levantou debates sobre responsabilidade, justiça e segurança no trânsito.

Enquanto o desfecho não é definido na segunda instância, o "Caso Lokinho" permanece como um símbolo das complexidades jurídicas e morais que envolvem acidentes e crimes de trânsito, deixando em aberto diversas questões sobre responsabilidades e consequências legais.