Governadores criticam postura do Brasil em negociação com EUA
Tarcísio, Ratinho Jr. e Caiado apontam desinteresse do governo em diálogo tarifário com os
Durante o evento Expert XP, os governadores Tarcísio de Freitas de São Paulo, Ratinho Jr. do Paraná e Ronaldo Caiado de Goiás manifestaram preocupação com a falta de interesse do governo brasileiro em negociar questões tarifárias com os Estados Unidos. De forma unânime, eles apontaram a importância de diálogos para manter relações comerciais saudáveis entre os dois países.
Ratinho Jr. enfatizou a necessidade de estabelecer um canal direto com os EUA, seguindo os passos de outras nações que buscaram soluções diplomáticas para questões comerciais. O governador do Paraná considerou a postura atual do Brasil como uma falta de inteligência, destacando a importância da relação comercial entre as duas nações.
Medidas e Impactos Econômicos
Tarcísio alertou que São Paulo poderá enfrentar a perda de aproximadamente 120 mil empregos caso as novas alíquotas sejam implementadas. Ele ressaltou a queda na atividade econômica, especialmente para empresas que dependem de componentes e insumos americanos, e revelou a preparação de medidas para apoiar as empresas paulistas nesse cenário desafiador.
O governador de São Paulo também mencionou a liberação de créditos acumulados do ICMS e os esforços para sensibilizar empresas e políticos americanos, buscando mostrar a gravidade da situação e defendendo a soberania nacional como um ponto crucial nessa discussão.
Críticas e Posicionamentos
Já Ronaldo Caiado foi enfático em suas críticas, apontando o presidente brasileiro por não buscar ativamente negociações com os Estados Unidos. Ele destacou a intensificação do debate ideológico visando as eleições de 2026, acusando o presidente de utilizar estratégias que não priorizam as relações comerciais.
Para Caiado, a postura do presidente Lula acaba desviando o foco das negociações necessárias, evidenciando uma falta de preparo e de consultas a autoridades e governadores. O governador de Goiás defendeu a necessidade de diálogo direto e estratégico para resolver as questões comerciais de forma eficaz, sem envolvimento excessivo em debates políticos.
Diante dessas críticas e alertas dos governadores, fica evidente a importância de uma postura mais ativa e estratégica do governo brasileiro nas negociações com os Estados Unidos, visando preservar as relações comerciais e o desenvolvimento econômico para ambas as nações.
