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Imóvel de Barroso em Miami: compra à vista por R$ 22 mi

Propriedade de ministro do STF avaliada em US$ 4,1 milhões.

Por Redação
Foto: Reprodução/ Metrópoles Apartamento de Barroso foi anunciado em 2012 e comprado no ano seguinte, na planta
Apartamento de Barroso foi anunciado em 2012 e comprado no ano seguinte, na planta

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), teve sua família envolvida na compra de um imóvel em Miami, na ilha de Key Biscayne, adquirido à vista, sem a necessidade de hipoteca. A propriedade, avaliada em US$ 4,1 milhões (R$ 22 milhões), está registrada em nome da Telube Florida LLC, uma empresa offshore que carrega as iniciais dos membros da família do ministro, conforme documentos públicos do Condado de Miami-Dade divulgados pelo portal Metrópoles. Barroso optou por não comentar o assunto.

Detalhes da transação de Barroso em Miami

A transação ocorreu durante a fase de construção, antes da posse de Barroso no STF, em junho de 2013. Entretanto, a conclusão do processo formal se deu em 2014, já com o ministro ocupando seu cargo na Corte. A compra foi realizada diretamente com o construtor, o bilionário argentino Eduardo Constantini.

O apartamento de 158 metros quadrados está situado no condomínio Oceana, com vista para o mar. Atualmente, uma propriedade semelhante na região está avaliada em US$ 5 milhões (R$ 27 milhões). A taxa mensal de condomínio é de US$ 2,8 mil (R$ 15,2 mil) e os impostos anuais totalizam US$ 50 mil (R$ 270 mil). Já o aluguel de uma unidade similar no Oceana gira em torno de US$ 20 mil mensais (R$ 108,1 mil).

O filho de Barroso, Bernardo Van Brussel Barroso, diretor associado do banco BTG Pactual, residia no apartamento. Contudo, devido à incerteza provocada pela suspensão dos vistos de oito ministros do STF pelo governo de Donald Trump, incluindo o de Barroso, ele decidiu não retornar aos EUA, temendo possíveis complicações.

Sanções e possíveis impactos na propriedade

Além de Barroso, outros ministros do STF que tiveram seus vistos suspensos foram Edson Fachin, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Recentemente, Trump anunciou sanções a Moraes por meio da Lei Magnitsky. Caso decida estender tais medidas aos familiares dos ministros, a propriedade da família de Barroso em Miami poderá ser afetada.