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Mãe confessa levar tablet, celular e angústias: caso Tatiana Medeiros

Descubra o depoimento da mãe de Tatiana Medeiros sobre os dispositivos eletrônicos e a pri

Por Redação
Foto: Jailson Soares/ODIA Maria Odélia de Aguiar Medeiros, mãe da vereadora Tatiana Medeiros - (Jailson Soares/ODIA)
Maria Odélia de Aguiar Medeiros, mãe da vereadora Tatiana Medeiros - (Jailson Soares/ODIA)

A mãe da vereadora Tatiana Medeiros, Maria Odélia de Aguiar Medeiros, recentemente admitiu em depoimento à Corregedoria da Polícia Militar do Piauí que foi quem introduziu um celular iPhone na sala de Estado Maior, onde sua filha estava detida no Quartel do Comando-Geral (QCG) da Polícia Militar. Essa revelação foi feita em meio a um contexto onde a vereadora estava sob investigação por suspeitas de diversos crimes, incluindo eleitorais, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação com uma facção criminosa.

Em uma entrevista exclusiva ao programa Alô Piauí, do Sistema O Dia, Maria Odélia confirmou que Tatiana já havia ingressado com um tablet quando foi presa em abril, aparelho utilizado para ouvir orações. Posteriormente, o celular foi levado para facilitar a comunicação entre mãe e filha, tendo em vista as crises de ansiedade enfrentadas por Tatiana.

A admissão e suas consequências

Diferentemente da versão inicial apresentada pela vereadora, que alegava que os dispositivos eletrônicos foram entregues por seu advogado, a revelação da mãe lança luz sobre a situação, trazendo à tona preocupações em relação à segurança e privilégios dentro do sistema prisional.

O celular, segundo Maria Odélia, tinha a finalidade de garantir que Tatiana pudesse pedir ajuda em caso de emergência, evidenciando a preocupação materna diante do estado emocional da filha. Essa atitude contrastou com a versão anteriormente divulgada, levando a questionamentos quanto à veracidade das informações iniciais.

Desdobramentos e investigações em curso

Os aparelhos foram descobertos durante uma inspeção realizada recentemente, desencadeando uma série de eventos que culminaram na hospitalização de Tatiana Medeiros após uma suposta ingestão excessiva de medicamentos. Tais acontecimentos resultaram em investigações conduzidas pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Polícia Federal, com indiciamentos envolvendo a vereadora, seu namorado e seu padrasto.

A Polícia Federal está apurando a suposta participação de familiares e aliados políticos de Tatiana Medeiros em um esquema de lavagem de dinheiro e compra de votos relacionados ao Instituto Vamos Juntos, fundado pela parlamentar. Documentos apreendidos incluem listas de eleitores, registros de pagamentos via Pix e um relatório denominado “Relatório Votos Válidos”, resultando na suspensão das atividades da ONG pela Justiça.

Contexto e desfecho do caso

A vereadora Tatiana Medeiros, envolvida em múltiplas acusações criminais, encontra-se detida desde abril, afastada de suas funções na Câmara Municipal de Teresina. O caso, inserido no inquérito da Operação Escudo Eleitoral, investiga a utilização de recursos ilícitos em campanhas eleitorais na capital piauiense, além de possíveis ligações entre membros do Legislativo e facções criminosas.

Com desdobramentos cuja complexidade continua a crescer, o episódio envolvendo Tatiana Medeiros e sua família lança luz sobre questões éticas, políticas e jurídicas que impactam diretamente a esfera pública no Piauí. Acompanhar os desdobramentos desse caso é fundamental para compreender as dinâmicas e desafios enfrentados pela sociedade.