Mãe de Alice formaliza saída do CEV e pede transferência do irmão gêmeo
Escola não se manifestou sobre a saída

Na manhã desta segunda-feira (11), às 7h, o portão do Colégio CEV voltou a ser o destino da fotógrafa Dayana Brasil — mas, desta vez, sem as mochilas coloridas nem o sorriso apressado das crianças rumo à sala de aula. No mesmo horário em que costumava deixar os filhos no turno integral, ela foi à escola para cancelar a matrícula de Alice Brasil Souza da Paz, de 4 anos, e solicitar a transferência do irmão gêmeo, Artur.
O gesto, simples na forma e devastador no significado, marca o rompimento definitivo da família com a instituição onde, no último dia 5, Alice perdeu a vida após um acidente dentro das dependências da escola. O ato administrativo carrega o peso de um protesto silencioso, um registro burocrático transformado em denúncia moral.
Para Dayana, não se trata apenas de encerrar um vínculo escolar. É também a formalização de uma ruptura motivada por aquilo que a família considera negligência — a mesma que, segundo eles, custou a vida de Alice e que ainda não foi esclarecida pela direção. Ao protocolar o pedido de transferência de Artur, a mãe fecha um capítulo e reforça a recusa de expor o filho ao ambiente que se tornou sinônimo de luto.
Com isso, o CEV não perde apenas dois alunos. Perde também a confiança de uma família que, até dias atrás, fazia parte da sua rotina. E o ato de Dayana, embora administrativo, ecoa como uma sentença: não há retorno possível onde a dor tomou o lugar da segurança.
Fonte: Manchete Nacional