MPF investiga lixo em área protegida do Rio Poti
Denúncia leva MPF a investigar descarte ilegal no Rio Poti.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para investigar o suposto descarte irregular de lixo em uma área protegida nas margens do Rio Poti, localizada em Teresina. A decisão foi formalizada no Diário Eletrônico do órgão.
O caso chegou ao conhecimento do MPF por meio de uma denúncia feita por um morador. A denúncia apontava que lixo estava sendo descartado entre a Ponte Estaiada e a Ponte da Primavera, regiões que fazem parte da Área de Preservação Permanente (APP).
Segundo o procurador da República, Marco Aurélio Adão, o inquérito tem como objetivo identificar os responsáveis pelo descarte ilegal. A Portaria nº 67, de 25 de setembro de 2025, foi o documento que oficializou a abertura das investigações.
A portaria também prevê a emissão de uma recomendação formal à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semam). O objetivo é garantir que as medidas apropriadas sejam adotadas para evitar futuros descartes irregulares.
Além desse caso, há uma preocupação com a proliferação de aguapés nos rios Poti e Parnaíba. Essa situação tem impactado negativamente pescadores da região. Fatores como baixa no nível da lagoa, altas temperaturas e despejo de lixo contribuem para o aumento das algas, segundo o biólogo Paulo Lopes.
Em resposta, um acordo judicial foi estabelecido, exigindo a limpeza anual dos rios até 2033. A empresa Águas de Teresina é responsável por realizar essa limpeza, com um depósito inicial de R$ 130 mil, seguindo anualmente até a cobertura de 90% da rede de esgoto.