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Operação da PF desmantela fraude milionária em descontos do INSS

Polícia Federal prende dois e desvenda esquema de fraudes no INSS.

Por Redação
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil A sede do INSS em Brasília
A sede do INSS em Brasília

A Polícia Federal desencadeou a Operação Sem Desconto, resultando na prisão de dois envolvidos e na execução de cinco mandados de busca e apreensão. A ação, realizada em Aracaju, Cristinápolis e Umbaúba, em Sergipe, desvendou um esquema criminoso de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS. Além das prisões, a Justiça determinou o sequestro de cinco imóveis avaliados em cerca de R$ 12 milhões, visando recuperar bens e avançar nas investigações das irregularidades.

Escândalo e Consequências

A fraude, descoberta a partir da parceria entre PF e Controladoria-Geral da União em abril, revelou que entidades cobraram mais de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. O caso gerou a demissão do então ministro da Previdência Social e do ex-presidente do INSS, após centenas de mandados judiciais, sequestro de bens e prisões temporárias.

Alertas Ignorados

De acordo com relatório da PF, a autarquia previdenciária ignorou alertas de aposentados e autoridades sobre as fraudes nos descontos. Mesmo com diversas manifestações de descontos associativos indevidos, notícias na imprensa e ordens do Tribunal de Contas da União, o INSS não adotou medidas para coibir as irregularidades, resultando em desvios milionários.

Benefícios Indevidos

Além das transferências de valores a indivíduos ligados às associações fraudulentas, a investigação revelou que ex-diretores e seus associados teriam recebido mais de R$ 17 milhões em pagamentos indevidos. Também foi identificado que um membro do INSS teria sido agraciado com um veículo de alto luxo, avaliado em pelo menos meio milhão de reais, evidenciando a extensão dos benefícios ilícitos originados das fraudes nos descontos previdenciários.