PRF: Ex-diretor nega retenção de eleitores em 2022
Ex-diretor da PRF nega retenção de eleitores durante operações em 2022.

O ex-diretor de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Adiel Alcântara, afirmou que não consegue confirmar a suposta retenção de eleitores durante as operações da PRF em rodovias do Nordeste, no período da disputa eleitoral de 2022.
Em oitiva no Supremo Tribunal Federal (STF), como parte das sessões da ação penal que investiga um possível plano de ruptura institucional, Alcântara esclareceu que, apesar de algumas abordagens a ônibus, estes foram liberados logo em seguida, não confirmando retenção de eleitores.
O uso das ações da PRF, conduzidas pelo então diretor Silvinei Vasques, foi citado pela Justiça na tentativa de golpe de Estado, alegando que Vasques teria direcionado a PRF para favorecer Bolsonaro em detrimento de Lula.
Possíveis direcionamentos nas operações
Alcântara também relatou sua impressão de que as operações tinham um direcionamento específico a ônibus e vans provenientes de determinadas cidades rumo ao Nordeste. Segundo ele, houve uma intensificação da fiscalização em Estados como Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, enquanto o serviço de inteligência, do qual fazia parte, monitorava manifestações e crimes eleitorais, com agentes focais em cada Estado para acompanhamento contínuo das ocorrências.
A PRF, conforme Alcântara, também era responsável por receber informações relativas às operações e incidentes eleitorais, reforçando a importância da atuação do serviço de inteligência em meio ao contexto político eleitoral.
Essas declarações evidenciam a complexidade e sensibilidade das operações da PRF, especialmente no contexto eleitoral, destacando a relevância do papel desempenhado pelo serviço de inteligência na prevenção e resposta a possíveis irregularidades durante o processo eleitoral.