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Relatório revela uso milionário de verba do INSS em luxo

Investigados gastaram R$ 96 milhões em itens de alto padrão.

Por Direto da Redação
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil Os documentos apresentados pelo fisco revelam notas fiscais milionárias de pessoas ligadas ao INSS
Os documentos apresentados pelo fisco revelam notas fiscais milionárias de pessoas ligadas ao INSS

Relatórios recentes da Receita Federal, apresentados na CPMI do INSS, revelam que investigados utilizaram recursos públicos para realizar compras de alto padrão. Segundo o portal Metrópoles, entre agosto de 2019 e maio de 2025, as notas fiscais registraram um total de R$ 96 milhões em despesas, que incluem carros de luxo, joias e eletrônicos. Este montante representa apenas uma parte dos R$ 2,8 bilhões bloqueados pela Advocacia-Geral da União.

Os documentos detalham a aquisição de veículos de alto valor, incluindo modelos esportivos e SUVs, comprados por empresas e indivíduos associados aos investigados. Marcas como Porsche, Range Rover e Ford aparecem entre os itens mais caros, além de carros populares com valores entre R$ 40 mil e R$ 300 mil.

CPMI do INSS também aponta consumo de joias e relógios

Os relatórios indicam um gasto substancial com joias e relógios, totalizando cerca de R$ 1 milhão. Entre os artigos de luxo estão anéis, brincos e pulseiras de alto padrão, bem como relógios sofisticados de marcas internacionais renomadas.

Além disso, dois dos investigados usaram parte do dinheiro desviado para a compra de gado. Foram adquiridas mais de mil cabeças entre 2020 e 2025, em transações que chegam a quase R$ 3 milhões. A investigação aponta que pessoas e entidades ligadas à CPMI do INSS teriam utilizado organizações de trabalhadores para desviar recursos de aposentados.

Em um desdobramento recente, há uma disputa interna no Partido Liberal (PL) envolvendo Sóstenes Cavalcante e Rogério Marinho na CPMI do INSS. Ademais, um assessor da Conafer admitiu à CPMI que 'recebia um troco', enquanto o senador Izalci Lucas comentou sobre Frei Chico, afirmando: 'Governo não quer investigar a roubalheira'.

Fonte: Divulgação