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Soldado do MA se torna réu por homicídio de sargento da PM-PI em Teresina

Soldado do Maranhão vira réu por morte de sargento da PM do Piauí em briga

Por Redação
Foto: Laisa Mendes Sargento da PM-PI é baleado na cabeça durante briga com vizinho na Zona Sul de Teresina
Sargento da PM-PI é baleado na cabeça durante briga com vizinho na Zona Sul de Teresina

Na última segunda-feira (7), a Justiça do Piauí aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual contra o soldado da Polícia Militar do Maranhão, Raimundo Linhares da Silva, tornando-o réu por homicídio doloso qualificado por motivo fútil do sargento João de Deus Teixeira dos Santos, da Polícia Militar do Piauí.

O crime ocorreu durante uma discussão em Teresina, quando o sargento foi baleado na cabeça pelo soldado, vindo a falecer seis dias após o incidente. A investigação da Polícia Civil, finalizada em maio deste ano, revelou que a briga teve início após o réu estacionar seu carro em frente à residência da vítima.

A denúncia, feita pelo Ministério Público do Piauí, foi acatada pela juíza Maria Zilnar Coutinho, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, destacando a gravidade do homicídio doloso qualificado por motivo fútil, caracterizado quando a vida é ceifada por motivos banais, demonstrando total desprezo pela vida alheia.

Relembre o trágico episódio

No fatídico dia 5 de novembro de 2024, o sargento João de Deus Teixeira dos Santos, de 67 anos, foi alvejado na cabeça em frente à sua residência no Parque Sul, zona sul de Teresina. O então soldado da Polícia Militar do Maranhão, Raimundo Linhares da Silva, foi apontado como autor do crime, decorrente de uma briga iniciada por um desentendimento de trânsito.

"O soldado estacionou o carro em frente à casa do sargento, que encostou o veículo no dele. Linhares confrontou Teixeira, resultando em uma briga com troca de tiros em via pública", explicou o delegado Barêtta.

Após o primeiro confronto, João de Deus entrou em sua casa para buscar mais munição, momento que Raimundo o aguardava do lado de fora. No retorno do policial piauiense, o soldado maranhense efetuou outro disparo fatal, atingindo a região da cabeça da vítima.

O réu se entregou à polícia dias após o evento e, em depoimento, alegou ter agido em legítima defesa. O desdobramento desse trágico episódio segue envolvendo as esferas da justiça e das instituições policiais.