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STF define data para julgamento de Bolsonaro, mas processo de PMs do DF parado

STF inicia julgamento de Bolsonaro em setembro, enquanto ação contra PMs do DF parado.

Por Direto da Redação
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil O ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF
O ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 2 de setembro o início do julgamento de Jair Bolsonaro (PL), investigado no caso da suposta trama golpista, 144 dias após a abertura da ação. O ministro responsável, Alexandre de Moraes, prevê que o julgamento se estenderá por duas semanas, com o resultado divulgado até 12 de setembro.

Enquanto isso, o processo envolvendo os principais oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (DF), acusados de omissão diante da invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, permanece parado há mais de 500 dias.

O julgamento do caso está pronto desde 2 de maio, porém ainda sem data definida. Moraes retirou o tema da pauta do plenário virtual do STF sem justificativa em dois momentos.

Diferença de tratamento nos processos no STF

A agilidade no caso de Bolsonaro se deve, em parte, à condição de réu preso do general e ex-ministro Walter Braga Netto, detido desde dezembro de 2024. Processos com réus presos não têm suspensão de prazos durante o recesso do Judiciário, o que acelerou a tramitação.

Já no caso dos policiais militares, todos respondem em liberdade desde maio de 2024. A Procuradoria-Geral da República (PGR) teve 73 dias para apresentar as alegações finais, mesmo prazo concedido às defesas. A expectativa no STF é que o julgamento dos PMs ocorra após o início do julgamento da suposta tentativa de golpe.

Argumentos e questionamentos jurídicos

As defesas dos acusados apontam possíveis inconsistências nas acusações da PGR nos dois processos. Contra Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF, a acusação envolve omissão na preparação da segurança e a não divulgação de relatório de inteligência sobre riscos de violência.

No caso da cúpula da Polícia Militar, a Procuradoria alega que os oficiais tinham informações prévias sobre possíveis atos violentos, mas, por omissão dolosa, não realizaram um planejamento adequado. Segundo a PGR, os policiais ignoraram alertas e tomaram ações ineficazes para conter as invasões e conflitos.

Fonte: Divulgação