Vice de Zema pressionado a moderar críticas ao PT

Com a possibilidade de migrar para o PSD, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, do Novo, tem recebido pressões de seus aliados para suavizar as críticas direcionadas ao governo Lula e ao Partido dos Trabalhadores. Essa mudança de tom é estratégica, considerando o cenário político e as perspectivas de uma potencial candidatura de Simões ao governo estadual em 2026, como sucessor de Romeu Zema.

Simões desponta como uma das principais opções para suceder o atual governador, a quem é próximo politicamente e considerado seu herdeiro político. Enquanto isso, Zema, nos bastidores, articula possíveis caminhos rumo à Presidência da República ou uma candidatura ao Senado, já que não poderá concorrer à reeleição.

Zema mantém tom crítico em relação a Lula

O governador de Minas Gerais, por sua vez, tem intensificado suas críticas ao governo Lula em busca de maior projeção nacional. Suas declarações enfatizam a descentralização de recursos, a eficiência na gestão pública, os gastos governamentais e a nomeação de cargos baseada em critérios técnicos em detrimento do apadrinhamento político.

Recentemente, Zema acusou o governo petista de impactar negativamente os estados ao atrasar a compensação das perdas com o ICMS e aumentar a interferência da União em assuntos estaduais. Em eventos com empresários e políticos liberais, ele defende uma "reforma federativa urgente" e critica a postura ideológica que, segundo ele, prejudica o desenvolvimento do país.

Enquanto Zema adota uma postura mais incisiva, Mateus Simões busca uma imagem mais pragmática para sua possível candidatura, baseada em sua formação jurídica, experiência na esfera pública e privada, além de seu histórico como vereador em Belo Horizonte e integrante da gestão de Zema. Sua filiação ao PSD está condicionada ao posicionamento do senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso entre 2021 e 2023, que ainda não descartou concorrer ao Palácio Tiradentes nas próximas eleições.

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