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Apoio à agricultura familiar combate fome no Piauí

Programas garantem alimentos saudáveis e fortalecem agricultores.

Por Direto da Redação
Foto: Geirlys Silva Cozinhas solidárias são atendidas pelos programas da SAF.
Cozinhas solidárias são atendidas pelos programas da SAF.

No Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, a Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) destacou a importância dos programas institucionais de compras de alimentos, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa de Alimentação Saudável (PAS), para combater a fome e promover a agricultura familiar no Piauí.

Essas iniciativas possibilitam a compra direta de produtos dos agricultores, associações e cooperativas, fornecendo alimentos saudáveis a entidades sociais que atendem famílias em situação de vulnerabilidade. O superintendente de Comercialização da SAF, Ilan Silveira, ressalta que o modelo de compra com doação simultânea é um dos diferenciais dessas ações.

“Nós compramos os alimentos de agricultores familiares, associações e cooperativas e, ao mesmo tempo, fazemos a entrega a organizações sociais, preferencialmente os CRAS dos municípios ou entidades reconhecidas pelos Conselhos de Segurança Alimentar. Assim, os produtos chegam diretamente a quem mais precisa”, explica.

O PAA é executado com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) do Governo Federal, enquanto o PAS recebe financiamento do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop). Os programas beneficiam famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico, além de crianças e mulheres lactantes atendidas por cozinhas solidárias e entidades sociais.

“Esses programas garantem o acesso a alimentos saudáveis e fortalecem o agricultor familiar, que passa a ter um canal de comercialização seguro e com preço justo, tabelado pela Conab”, reforça Ilan.

Inclusão e fortalecimento das comunidades tradicionais

O Piauí, alinhado com as diretrizes do Governo Federal, ampliou o PAA com linhas específicas para povos e comunidades tradicionais, incluindo propostas para comunidades indígenas e quilombolas. Já foram realizadas duas propostas indígenas e uma quilombola, cada uma com o valor de R$ 1 milhão, e há mais duas aprovadas, totalizando R$ 6 milhões em ações.

Cada projeto atende, em média, 160 agricultores indígenas e até 300 agricultores quilombolas. Os participantes precisam possuir o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que comprova sua atividade agrícola.

O PAA também tem um foco em cozinhas solidárias que atendem famílias em situação de vulnerabilidade socioassistencial, e o PAA Leite distribui leite em municípios com baixo IDH para famílias vulneráveis.

Alcance e desafios no estado

A execução dos programas requer uma logística integrada entre agricultores e entidades receptoras, priorizando que compras e doações ocorram nos mesmos municípios. Isso garante que o alimento produzido localmente seja consumido na própria região.

“A SAF realiza o credenciamento e o chamamento público tanto dos agricultores quanto das entidades beneficiadas, garantindo que o alimento produzido localmente seja também consumido na própria região. Hoje conseguimos atender praticamente todos os territórios do Piauí”, destaca Ilan Silveira.

Entre os produtos mais adquiridos estão frutas, legumes, hortaliças, aves, peixes e carne caprina, respeitando a vocação produtiva de cada território e priorizando alimentos ricos em proteína.

Fonte: Divulgação