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Deputado Filipe Barros investigado por ações nos EUA em inquérito do STF

Ministro Moraes inclui deputado Filipe Barros em investigação sobre pressão nos EUA

Por Redação
Foto: Alan Santos/Câmara Deputado Filipe Barros, presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN)
Deputado Filipe Barros, presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a inclusão do deputado federal Filipe Barros (PL-PR) no Inquérito 4.995. Esse inquérito investiga a atuação de autoridades brasileiras para pressionar o governo dos Estados Unidos a impor sanções contra membros do Judiciário brasileiro.

Atuação de Filipe Barros e Eduardo Bolsonaro nos EUA

De acordo com as informações, Filipe Barros, atual presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, teria participado de reuniões custeadas com verbas públicas nos EUA. Nessas reuniões, estiveram presentes o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o congressista norte-americano Cory Mills.

Os encontros teriam como objetivo discutir sanções contra o Ministro Alexandre de Moraes, alegando uma suposta "censura generalizada" no Brasil. Além disso, Barros se reuniu com representantes da SpaceX, de Elon Musk, gerando indignação dos interlocutores norte-americanos devido ao congelamento de contas da Starlink e X por desrespeito a ordens judiciais brasileiras.

Investigação de Eduardo Bolsonaro

O Inquérito 4.995 foi inicialmente instaurado para investigar a conduta de Eduardo Bolsonaro, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Há suspeitas de que o parlamentar tenha cometido crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Segundo o Ministério Público Federal, Eduardo Bolsonaro estaria buscando, publicamente, a imposição de sanções contra membros do STF, da PGR e da PF. Essas ações, realizadas por meio de redes sociais e entrevistas, foram consideradas intimidatórias para agentes públicos e julgadores, especialmente relacionadas à Ação Penal 2.668, que envolve denúncia contra Jair Bolsonaro.

As investigações envolvendo Filipe Barros e Eduardo Bolsonaro indicam possíveis tentativas de pressão sobre o governo norte-americano, o que levanta questões sobre a independência do Judiciário brasileiro e a soberania nacional, conforme revelado nos autos do Inquérito 4.995.