Insegurança alimentar afeta 41,5% dos piauienses em 2024
Pesquisa do IBGE revela impacto da insegurança alimentar no Piauí.

Uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Piauí é o terceiro estado brasileiro com maior proporção de domicílios enfrentando insegurança alimentar.
Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (14), 41,5% da população piauiense, equivalente a 1,4 milhão de pessoas, enfrentou algum nível de insegurança alimentar entre 2023 e 2024. Esse número representa uma redução de 82 mil pessoas comparado ao ano anterior.
No contexto nacional, 18,9 milhões de lares brasileiros foram afetados por algum tipo de insegurança alimentar no mesmo período. Embora tenha havido uma queda nos números, a situação ainda impacta diretamente muitos residentes do Piauí.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) classifica a insegurança alimentar em três níveis distintos:
- Leve: envolve preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos e redução da qualidade para não comprometer a quantidade.
- Moderada: caracteriza-se pela falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos consumidos por adultos.
- Grave: implica na falta de qualidade e redução alimentar que afeta também menores de 18 anos.
Conforme o levantamento, mais de 1 milhão de pessoas no Piauí experimentaram insegurança alimentar leve. Já os níveis mais severos afetaram cerca de 280 mil piauienses, sendo que 112 mil ainda vivem em condições de insegurança alimentar grave.
Além disso, o uso de carvão como fonte de energia para cozinhar é uma realidade em quase 40% dos domicílios piauienses, refletindo a necessidade de alternativas mais acessíveis e eficazes para enfrentar esse desafio social.
A pesquisa destaca, ainda, que, apesar da redução nos números, a insegurança alimentar continua a ser uma questão crítica para as políticas públicas no estado.