Piauí: Maior proporção de pessoas surdas e 2ª de PCDs no Brasil

No Piauí, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 50 mil pessoas têm dificuldade permanente para ouvir, mesmo com o uso de aparelhos auditivos. Esse número representa 1,6% da população do estado com dois anos ou mais, o que coloca o Piauí no topo da lista com a maior proporção de deficiência auditiva do país, de acordo com o Censo Demográfico 2022 divulgado recentemente.

O IBGE apontou que 297 mil pessoas no Piauí, o equivalente a 9,3% da população com dois anos ou mais, apresentam alguma deficiência, sendo o segundo maior indicador do Brasil nesse critério. A nível nacional, 1,3% dos brasileiros têm dificuldade permanente para ouvir, e o Piauí se destaca como líder nesse indicador, seguido por Rio Grande do Sul e Paraíba.

Perfil Sociodemográfico e Educacional

Além disso, a pesquisa do IBGE trouxe à tona outros recortes interessantes. Em relação ao gênero, 10,1% das mulheres piauienses têm alguma deficiência, enquanto esse número é de 8,5% entre os homens. A proporção masculina é a mais alta entre todos os estados, em contrapartida, a proporção feminina ocupa o terceiro lugar no Brasil.

Observou-se também que o número de pessoas com deficiência aumenta com o avanço da idade, com crianças e adolescentes registrando 2,4% e idosos com 70 anos ou mais chegando a 37,5%. A população de cor ou raça amarela, que representa 0,09% do total de piauienses, tem a maior proporção de deficiência no estado, com 12,1% nesse grupo específico.

Dificuldades Funcionais e Recortes Específicos

A pesquisa do IBGE também destacou cinco dificuldades funcionais permanentes e seus respectivos indicadores específicos. Nesse contexto, o Piauí se destaca não apenas pela alta proporção de pessoas surdas, mas também pela representatividade das Pessoas com Deficiência (PCDs) em sua população.

Esses dados reforçam a importância de políticas públicas inclusivas e a necessidade de promover a acessibilidade e a qualidade de vida para todos os cidadãos, independentemente de suas limitações específicas. A conscientização e ações efetivas podem contribuir significativamente para garantir uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

Fonte: Divulgação