Agora Piauí

Procurador Paulo Gonet admite erro em audiência no STF

Durante sessão no STF, procurador Paulo Gonet esquece microfone aberto e reconhece equívoc

Por Redação
Foto: • Marcelo Camargo/Agência Brasil Procurador-geral da República, Paulo Gonet• Marcelo Camargo/Agência Brasil
Procurador-geral da República, Paulo Gonet• Marcelo Camargo/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, protagonizou um momento inusitado durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) ao esquecer que o microfone estava aberto e admitir ter cometido um equívoco. A situação ocorreu durante o depoimento do ex-ministro Aldo Rebelo como testemunha em um caso relacionado a uma tentativa de golpe de Estado.

Enquanto questionava Rebelo sobre a capacidade da Marinha em realizar um golpe de Estado sem o apoio do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB), Gonet fez uma pergunta que já havia sido vetada pelo ministro Alexandre de Moraes anteriormente. O advogado do ex-comandante da Marinha, Almirante Almir Garnier, teve sua intervenção barrada pelo ministro, que alertou para a importância de se manter os questionamentos baseados em fatos concretos, sem especulações.

Apesar de ter sido orientado por Moraes a reformular a pergunta de maneira mais objetiva, Gonet acabou se distraindo e, acreditando que o microfone estava desligado, declarou em voz alta: “Fiz uma cagada”. O momento constrangedor foi presenciado por todos os presentes na audiência, gerando surpresa e descontração no ambiente judicial.

A defesa de Garnier aproveitou a situação para ressaltar a questão da imparcialidade na condução dos questionamentos, destacando que se não era permitido pedir opiniões, o procurador também não deveria fazê-lo. A interação entre os advogados e o ministro Moraes evidenciou a importância de manter o foco nos aspectos objetivos e factuais durante o processo de depoimento e interrogatório.

O episódio, embora inusitado, serviu como um lembrete para os profissionais do direito e autoridades presentes sobre a necessidade de atenção constante durante as audiências e a importância de manter a conduta profissional em todos os momentos, evitando situações constrangedoras como a vivenciada por Paulo Gonet naquele momento no STF.