Santo Antônio: Tradições, simpatias e devoção ao santo casamenteiro
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Santo Antônio, o "santo casamenteiro", é celebrado em 13 de junho com rituais e simpatias que atraem fiéis em busca do amor verdadeiro. Além da devoção, as tradições em torno de Santo Antônio permanecem vivas, passando de geração em geração, enraizadas no imaginário popular e cultural em todo o Brasil e no mundo.
O legado de Santo Antônio
A fama de "santo casamenteiro" atribuída a Santo Antônio transcende a religiosidade e se mescla ao folclore e crenças populares. A devoção ao santo chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses, estabelecendo-se em comunidades ligadas às atividades agrícolas. Nas fazendas e capelas, jovens e suas mães pediam a intercessão de Santo Antônio por casamentos e bons maridos. Essa tradição se fortaleceu no Brasil, principalmente devido à prática devocional das novenas.
Ligação com o período junino
As comemorações do dia de Santo Antônio coincidem com as festividades juninas, marcadas por tradições ao redor das fogueiras. A união entre a devoção ao santo casamenteiro e os costumes juninos cria um cenário festivo e religioso único, onde se manifesta a fé popular e as superstições.
Uma das tradições mais conhecidas ocorre em Campo Maior, onde o mastro de Santo Antônio, feito de carnaúba, é centro de devoção e pedidos. Mulheres e homens acreditam que tocando no mastro encontrarão seus pares amorosos, amarrando fitas ou escrevendo seus nomes em busca da realização afetiva.
A lenda do santo casamenteiro
Santo Antônio é reconhecido como o santo do amor devido à sua defesa dos matrimônios baseados no sentimento e não em arranjos. Histórias famosas enfatizam sua generosidade para com os mais necessitados, especialmente jovens sem dotes, permitindo que realizassem seus casamentos. A fama de santo casamenteiro se solidificou com relatos de milagres e graças alcançadas por seus devotos.
A tradição de hastear bandeiras nos mastros de Santo Antônio simboliza a busca pela bênção matrimonial, enquanto as simpatias populares, como tocar o mastro, representam a busca pelo amor e pela união. Esses gestos, embora considerados supersticiosos, refletem a fé e a devoção simples do povo, enraizadas na cultura popular.
As práticas devocionais e simpatias ligadas a Santo Antônio não são vistas como prejudiciais, fazendo parte da expressão sincera da fé de muitos. A trezena, realizada de 1 a 13 de junho, é um período de graça e espera por bênçãos, reforçando a devoção ao santo casamenteiro e ao seu legado de amor e generosidade.