Golpe do falso boleto de plano de saúde atinge 40 piauienses em 2 anos

Um golpe envolvendo falsos boletos de plano de saúde afetou pelo menos 40 piauienses ao longo de dois anos, conforme apontado pela Polícia Civil do Piauí (PCPI). A operação, denominada Indébito, que teve início nesta quinta-feira (21), busca capturar 40 indivíduos ligados ao esquema em diversos estados brasileiros.

O delegado Humberto Mácola, da DRCI, revelou que os golpistas criavam páginas falsas de planos de saúde, replicando com precisão os sites oficiais de empresas renomadas do setor, como Humana Saúde e Unimed. Por meio desses sites fraudulentos, as vítimas eram direcionadas a aplicativos de mensagens, onde pagavam boletos falsos.

Segundo Humberto, o prejuízo causado pela fraude ultrapassa os R$ 500 mil, afetando centenas de pessoas em todo o país. O delegado ressalta a importância de confirmar a autenticidade dos sites visitados e alerta que os planos de saúde não costumam solicitar pagamentos via WhatsApp, recomendando sempre o contato direto com as empresas.

Modus Operandi dos Golpistas

A investigação policial revelou que o grupo criminoso, especializado em estelionato digital, utilizava anúncios patrocinados na internet para atrair suas vítimas. Após pesquisarem por serviços como segunda via de boleto, os usuários eram redirecionados para os sites fraudulentos, onde os golpistas se passavam por atendentes.

Os criminosos solicitavam informações pessoais dos pacientes para gerar boletos falsos nos aplicativos de mensagens. O dinheiro pago pelas vítimas era direcionado a contas de terceiros, dificultando o rastreamento da fraude. A organização criminosa contava com uma estrutura hierárquica bem definida, envolvendo líderes, apoio técnico e mecanismos de ocultação financeira.

Alerta da Receita Federal

Além disso, a Receita Federal emitiu um alerta sobre boletos falsos direcionados a Microempreendedores Individuais (MEI) e Microempresas (ME). É fundamental estar atento a possíveis tentativas de golpe e sempre buscar informações diretamente com os órgãos oficiais para evitar cair em fraudes.

Fonte: Divulgação