STF torna militares réus em tentativa de golpe: conheça os detalhes

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou, de forma unânime, a decisão de tornar réus dez militares ligados ao "núcleo 3" de uma tentativa de golpe de Estado. Essa ação pretendia manter Jair Bolsonaro na presidência após perder as eleições de 2022. A denúncia foi parcialmente aceita.

Militares Acusados no Processo

Os militares que se tornaram réus são: General Estevam Gaspar de Oliveira; Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima; Tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira; Tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo; Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal; Coronel Bernardo Romão Corrêa Netto; Coronel Fabrício Moreira de Bastos; Coronel Márcio Nunes de Resende Júnior; Tenente-coronel Sérgio Cavaliere de Medeiros e Tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior.

Denúncia e Justificativas

O STF rejeitou a denúncia contra o Coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães e o General Nilton Diniz Rodrigues por falta de elementos suficientes para justificar a abertura de ação penal. As defesas dos acusados solicitaram a rejeição da denúncia por falta de provas, negando qualquer participação em atividades golpistas.

Acusações e Provas

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa os réus de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, entre outras acusações. Os denunciados teriam planejado um ataque para assassinar autoridades eleitas, como Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, além do ministro Alexandre de Moraes.

Desdobramentos e Julgamento

Com a abertura da ação penal, os réus terão a oportunidade de se defender perante o STF. A PGR precisará apresentar as provas necessárias para sustentar as acusações. O julgamento do "núcleo 3" faz parte de uma série de ações do STF para responsabilizar os envolvidos na tentativa de golpe.

Até o momento, o Supremo já tornou réus 21 investigados relacionados à trama golpista, incluindo Jair Bolsonaro, Braga Netto e outros aliados-chave do presidente.