Vereadora Tatiana Medeiros segue em prisão domiciliar
TRE mantém detenção domiciliar de Tatiana Medeiros por crimes eleitorais
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu pela manutenção da prisão domiciliar da vereadora Tatiana Medeiros (PSB) nesta quarta-feira (22). A decisão também incluiu seu afastamento da função na Câmara Municipal de Teresina (CMT).
Tatiana é investigada por suspeitas de envolvimento em crimes de corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As acusações são graves e envolvem diversas áreas da atividade política e financeira.
Prisão
A vereadora foi inicialmente presa no dia 3 de abril, após um mandado de prisão preventiva expedido em 23 de março. No entanto, em 3 de junho, a Justiça autorizou a conversão da prisão para domiciliar, devido a questões de saúde, impondo medidas cautelares.
A Polícia Federal afirma que a campanha de Tatiana para a Câmara de Teresina, ocorrida em outubro de 2024, foi financiada com "recursos ilícitos de uma facção criminosa", o que agrava ainda mais as acusações contra ela.
Por que Tatiana foi solta?
Tatiana Medeiros foi liberada depois que o Tribunal de Justiça do Piauí anulou um relatório financeiro que era utilizado como prova contra ela. Esse documento havia sido obtido sem a devida autorização judicial.
O promotor Marcelo de Jesus, que atua no processo relacionado ao namorado de Tatiana, explicou que há uma divergência entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o uso de relatórios financeiros como prova.
"Terá que se ir em cada processo e analisar se há provas independentes dos relatórios, para não perder os processos e salvá-los. Na maioria deles, existem essas provas", destacou o promotor.
O promotor também enfatizou que, caso o STF decida invalidar esse tipo de prova, a manutenção de prisões e condenações em casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa poderá ser mais desafiadora.