Alepi recebe secretário de Saúde para apresentar resultados da pasta
A Comissão de Saúde, Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Piauí recebeu, na manhã desta quinta-feira (27), representantes de órgãos e entidades para discutir a realidade da saúde pública do estado. Na ocasião, o secretário de Estado da Saúde, Antônio Luiz, apresentou dados relativos à estrutura física, equipamentos, doação de sangue e de órgãos, além da transformação digital, modernização hospitalar e ampliação do acesso.
Presidindo a sessão, o deputado Dr. Gil Carlos (PT) apontou que a saúde é um dos maiores desafios da gestão pública, uma vez que a população passou a se cuidar mais e prolonga a expectativa de vida, além da rápida evolução do conhecimento e tecnologia médica, o que incrementa os custos da saúde para os cofres públicos. Ele também destacou que um dos pontos fundamentais para enfrentar esse desafio é a qualificação na gestão.
Proponente da audiência pública, o vice-presidente da Alepi, deputado Francisco Limma (PT) defendeu que o momento foi uma oportunidade de apresentar aspectos financeiros, indicadores e resultados alcançados, de modo a subsidiar decisões a serem tomadas.
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Secretário apresentou avanços na saúde do Piauí
Abrindo a audiência pública, Antônio Luiz destacou que, conforme dados do Ministério da Saúde, o Piauí é o estado do Brasil que mais reduziu mortes por infarto e acidente vascular cerebral, com menos 27,59%. O Estado também lidera o 1º lugar em vacinação do país, com mais de 90% de cobertura vacinal infantil.
O gestor também informou que o número de salas cirúrgicas do Piauí foi ampliado de 70, em 2023, para 95. O incremento também aconteceu no número de leitos de UTI, que passou de 254 para 288 no mesmo período, de tomógrafos, que cresceu de 10 para 18, e de hemodinâmicas, que passou de uma para duas.
O quantitativo de doações também cresceu nos últimos dois anos. Houve um incremento de 43% na doação de múltiplos órgãos, 14,5% de transplantes de córneas e 80% dos transplantes renais.
Outra notícia positiva, de acordo com Antônio Luiz, foi a redução do tempo nas filas de espera no estado e de pessoas aguardando por cirurgias eletivas. “Quanto entramos, tínhamos dificuldade de saber quantas pessoas estavam na fila e fizemos o levantamento. Eram 15 mil, sendo 464 dias em média de tempo de espera. Hoje o período médio é de 51 dias e queremos reduzir para 30. Não passam de 5500 pessoas na fila de espera, atualmente”, explanou o secretário de Saúde. Antônio Luiz explicou que essa realidade se deve à ampliação de hospitais no interior, entrega de novos centros cirúrgicos, ampliação e abertura de UTIs e a descentralização de procedimentos.
O gestor ainda informou que foram criadas novas 16 centrais de diagnóstico, nove delas já entregues (Picos, Esperantina, Piripiri, Parnaíba, Paulista, Água Branca, Bom Jesus, Valença e Corrente) e outras sete têm previsão de entrega até dezembro de 2025 (Teresina, Floriano, Uruçuí, Campo Maior, Oeiras, São Raimundo Nonato e Castelo do Piauí).
Secretário apresenta desafio e defende Saúde Digital
Para Antônio Luiz, um dos pontos desafiadores que a saúde do Piauí enfrenta é a redução da mortalidade materna. Embora ele explique que houve redução entre 2022 e 2025, o índice ainda está acima do desejável: 68,9 mortes a cada 100 mil, contra a meta de até 30.
O secretário de Saúde comemorou os resultados das consultas médicas realizadas por meio do Piauí Saúde Digital, com as especialidades de ginecologia, dermatologia, neurologia, psiquiatria, cardiologia, endocrinologia, pediatria, ortopedia, psicologia e nutrição. Segundo ele, representa um avanço no acesso à saúde por todo o estado, reduzindo a necessidade de deslocamento para atendimento nessas especialidades e o tempo de espera por consulta médica no Sistema Único de Saúde – SUS.
Outras atividades foram mencionadas, como a Carreta da Mamografia, Mutirão de Catarata, Carretinha da Saúde, Mais Sorrisos, Projeto Amei, Mutirão de Varizes, Programa Passo a Frente e Farmácia do Povo.
Também compuseram o dispositivo o superintendente de Gestão da Rede de Alta e Média Complexidade da Sesapi, Dirceu Campelo; o superintendente de Gestão da Administração da Sesapi, Jônatas Melo; a diretora da Vigilância Sanitária do Estado do Piauí, Tatiana Chaves; e a superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios da Sesapi, Leila Santos.
Fonte: ASCOM/ALEPI
