Bolsa de valores cai e dólar sobe com tensão Brasil-EUA
Mercado financeiro brasileiro enfrenta instabilidade com aumento da tensão diplomática.
O mercado financeiro brasileiro enfrentou um dia de forte instabilidade nesta terça-feira, 19 de outubro. A bolsa de valores e o dólar foram impactados pelo aumento da tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos.
O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na bolsa de valores do Brasil, registrou uma queda expressiva, enquanto o dólar apresentou uma valorização acelerada.
Durante o dia, o Ibovespa chegou a cair 2,08%, com uma queda de 1,98% registrada por volta das 14h30. Já o dólar abriu sendo negociado a R$ 5,436 e atingiu R$ 5,485 às 10h30, seu maior patamar do dia. Mesmo com uma leve queda no início da tarde, a moeda voltou a subir, alcançando R$ 5,482 no momento da publicação desta matéria.
Decisão de Flávio Dino impacta mercado e bolsa de valores
A bolsa brasileira reagiu de forma negativa à polêmica decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tenta proteger o ministro Alexandre de Moraes das sanções da Lei Magnitsky.
Dino determinou que decisões de tribunais estrangeiros não tenham efeito automático no Brasil, em resposta a uma ação movida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) relacionada à tragédia em Mariana (MG).
A incerteza provocada pela decisão de Dino no setor bancário levou as instituições a consultarem seus departamentos jurídicos sobre como lidar com a situação de Moraes diante das sanções dos EUA.
O governo Trump reagiu classificando Moraes como "tóxico" e enfatizando que nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções americanas.
Gestores financeiros apontam desaceleração econômica
Gestores financeiros reunidos em uma conferência em São Paulo afirmaram que o Brasil enfrenta um período de desaceleração econômica. Destacaram ainda a importância dos juros elevados para controlar a inflação no país.
O mercado segue atento às movimentações e declarações, em um contexto de tensão entre Brasil e EUA que reflete diretamente nos indicadores econômicos brasileiros.
