Bolsonaro deixa STF e aguarda julgamento: "História julgará cada um de nós
Após depoimento no STF, Bolsonaro aguarda desfecho: "História julgará cada um de nós

O ex-presidente Jair Bolsonaro encerrou seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) e, logo em seguida, compartilhou em suas redes sociais uma mensagem expressando que deixou a Corte de "cabeça erguida". Durante o interrogatório conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de uma ação penal na qual Bolsonaro é acusado de planejar um golpe, o ex-presidente admitiu ter discutido a possibilidade de adotar medidas como o Estado de Sítio e a Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Interrogatório e Posicionamento
Apesar de ter considerado essas alternativas, Bolsonaro ressaltou que tais ações foram descartadas, destacando a inexistência de condições propícias para qualquer ruptura institucional. Enquanto ex-chefes das Forças Armadas descreveram tais conversas como tendo teor golpista, o ex-presidente negou veementemente essa interpretação.
Deixando o veredicto para a História, Bolsonaro afirmou: "A História julgará cada um de nós. Que ela me encontre, como sempre estive, fiel à verdade, ao nosso Deus e ao povo brasileiro". Durante o depoimento, que durou cerca de duas horas, Bolsonaro foi confrontado sobre a suposta elaboração de um documento golpista mencionado na delação de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, mas alegou não ter tido acesso a esse material.
Acusações e Contexto
As discussões ocorridas durante a reunião com comandantes militares no Palácio da Alvorada, após as eleições, foram mencionadas, especialmente diante de manifestações que pediam intervenção das Forças Armadas. Porém, Bolsonaro ressaltou sua falta de acesso ao documento citado por Mauro Cid, o qual alega ajustes do ex-presidente, incluindo a proposta de prisão do ministro Moraes.
O interrogatório faz parte de um processo que investiga se Bolsonaro e outros réus planejaram um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula. As acusações incluem crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e dano qualificado, aguardando o desenrolar dos eventos para um desfecho final.