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Diferença de R$40,6 bi: Contas públicas confirmam déficit em maio

Confira o balanço das contas públicas em maio com déficit de R$40,6 bilhões.

Por Redação

No mês de maio de 2025, o governo federal apresentou um déficit primário de R$40,6 bilhões, revelando um desequilíbrio entre receitas e despesas, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional. Apesar do resultado negativo, houve uma melhora em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit alcançou R$60,4 bilhões, surpreendendo positivamente as projeções do mercado, que esperava um valor ainda mais alto, de R$62,2 bilhões, de acordo com a pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda.

Arrecadação e Gastos

Esse desempenho foi impulsionado por um aumento na arrecadação e uma redução nos gastos. Destaque para o crescimento na arrecadação do Imposto de Renda, especialmente o retido na fonte, com um acréscimo de R$6 bilhões, e o aumento das receitas com importações e contribuições à Previdência Social, que subiram 8,1%.

Por outro lado, as despesas discricionárias tiveram uma redução significativa, com um corte de R$9,6 bilhões, com destaque nas áreas da saúde e educação. Além disso, houve uma diminuição nos gastos com benefícios previdenciários, que registraram uma retração de R$3,9 bilhões em relação ao ano anterior, e a ausência de despesas emergenciais relacionadas a calamidades, como as verificadas no ano anterior devido às enchentes no Rio Grande do Sul.

Resultados Acumulados e Relação com Precatórios

No acumulado do ano, de janeiro a maio, as contas do governo apresentam um superávit de R$32,2 bilhões, representando um avanço em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia um déficit acumulado de R$28,7 bilhões. Este é o melhor desempenho para o período desde 2022, quando o superávit foi de R$48,2 bilhões.

Esse crescimento favorável está diretamente relacionado à redução nos gastos com precatórios, totalizando R$30,8 bilhões em 2025. No ano anterior, esses valores foram concentrados em fevereiro, impactando negativamente o início do ano. O Tesouro destaca que a diferença nos cronogramas de pagamento dos precatórios entre 2024 e 2025 contribuiu para essa melhora nos resultados.

Receitas e Despesas

Nos cinco primeiros meses do ano, a receita líquida cresceu 8,6% em termos reais, atingindo R$968,6 bilhões, enquanto as despesas totais somaram R$936,4 bilhões, representando uma queda de 3,3% no mesmo período. Esses números refletem um esforço do governo em equilibrar as contas e otimizar a gestão financeira para manter a estabilidade econômica do país.