Em Teresina, FNNIC abre edição com anúncios habitacionais e compromisso
A 9ª edição do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC) foi oficialmente aberta na manhã desta quinta-feira (11), em Teresina, reunindo autoridades como ministros, parlamentares, empresários e representantes de entidades setoriais para discutir os rumos da habitação, da infraestrutura e do desenvolvimento regional. Pela primeira vez sediado no Piauí, o evento consolida a capital como ponto estratégico do debate nacional sobre políticas públicas, inovação e expansão do setor da construção civil nas duas regiões que concentram os maiores desafios habitacionais do país.
A cerimônia de abertura, realizada no Hotel Metropolitan, destacou a importância da integração entre governos, iniciativa privada e instituições financeiras para enfrentar gargalos históricos da região. Durante o evento, o presidente do FNNIC, Marcos Holanda, anunciou a assinatura de três novos convênios habitacionais entre construtoras locais e a Caixa Econômica Federal, dentro da modalidade “Faixa 1” do Minha Casa, Minha Vida (FAR). Os projetos, que atendem famílias com renda de até um salário mínimo, serão implantados na zona Sul de Teresina e, segundo ele, representam um marco da articulação promovida pelo Fórum.
“Esses empreendimentos mostram a força do FNNIC em viabilizar soluções concretas para a habitação popular. São iniciativas que reforçam a importância do trabalho conjunto entre Caixa, Ministério das Cidades e governos locais para ampliar o acesso à moradia no Norte e Nordeste”, afirmou. Holanda destacou ainda o momento positivo da indústria da construção, impulsionado pelos subsídios federais, pelos complementos estaduais e pelo uso de emendas parlamentares para auxiliar famílias no pagamento da entrada do imóvel. “Essa mudança ampliou a capacidade de compra do nordestino. O grande obstáculo sempre foi o valor inicial do imóvel, e hoje temos instrumentos que viabilizam contratações de forma mais inclusiva.”
A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, reforçou o papel central do banco na política habitacional e apresentou um balanço das contratações em 2025. Segundo ela, o ano se encerrará com resultados expressivos, impulsionados pelo aumento dos limites do programa, pela ampliação do crédito e pelo orçamento recorde do FGTS para habitação. Inês destacou, ainda, que a Caixa deverá contar com aproximadamente R$ 40 bilhões adicionais provenientes da poupança em 2026, ampliando significativamente a capacidade de financiamento. Ela também anunciou o lançamento da linha Reforma Casa Brasil, voltada a pequenas melhorias habitacionais para famílias da Faixa 1. “É uma linha que complementa ações de construção e urbanização e permitirá que milhares de famílias possam financiar reparos essenciais, como telhado e instalações elétricas”, afirmou.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, enfatizou em sua fala o papel da construção civil como motor econômico e instrumento estratégico para redução da desigualdade. Ele ressaltou que o investimento habitacional tem impacto direto sobre emprego, renda e redução da pobreza, especialmente no Norte e Nordeste. “Cada obra de habitação movimenta a economia local e reduz desigualdades. Estamos falando de um setor que registra alguns dos menores índices de desemprego do país e que tem sido decisivo para tirar famílias da pobreza”, disse. O ministro destacou também a crescente participação de beneficiários do Bolsa Família e do Cadastro Único no mercado de trabalho formal e no empreendedorismo, defendendo maior integração entre políticas sociais, qualificação profissional e demanda por mão de obra da construção.
O governador Rafael Fonteles reforçou o compromisso do Piauí em ampliar a adesão a programas federais de habitação e infraestrutura. Ele ressaltou que o Estado continuará garantindo contrapartidas necessárias para o Minha Casa, Minha Vida, incluindo o cheque moradia para apoio à entrada de famílias das faixas 2 e 3 e a doação de terrenos públicos para viabilização de novos empreendimentos, inclusive no centro de Teresina. “O Piauí está preparado para maximizar os programas federais e contribuir para que mais famílias tenham acesso à moradia digna. Repovoar o centro da capital é uma estratégia importante de desenvolvimento urbano, e estamos integrando nossos esforços para isso”, afirmou.
A solenidade de abertura do evento, contou com a presença do presidente do FNNIC, Marcos Holanda, e do diretor de Relações Institucionais do Fórum, André Bahia, além do governador do Piauí, Rafael Fonteles. Participaram também o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias; o secretário executivo do Ministério das Cidades, Hailton Madureira, que representou o ministro Jader Barbalho Filho; e a vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães. Pelo município de Teresina, esteve presente a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Airton Freitas Feitosa, secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo - representando o prefeito Silvio Mendes. O evento também recebeu o deputado estadual Severo Eulálio, presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, entre outras lideranças públicas e institucionais.
A programação do FNNIC seguirá até esta sexta-feira (12), com debates sobre FGTS e financiamento habitacional, urbanismo social, inovação, crédito e estratégias de apoio a pequenas e médias construtoras. A presença de autoridades reforça a centralidade do evento na definição de caminhos para fortalecer o ambiente regulatório e ampliar a capacidade de investimento em habitação e infraestrutura no Norte e Nordeste.
Fonte: Direto da Redação