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Fecundidade por religião: Evangélicas lideram no Brasil, revela censo

Descubra como as evangélicas se destacam em taxa de fecundidade no país.

Por Redação
Foto: Freepik Mulher grávida
Mulher grávida

Segundo o Censo de 2022 realizado pelo IBGE, as mulheres que se identificam como evangélicas apresentam a maior média de filhos no Brasil, com uma taxa de fecundidade de 1,7 filhos por mulher. Esse número supera as demais religiões analisadas, sendo as espíritas as que registram a menor média, com 1,0 filho por mulher.

Variação na Fecundidade por Religião

As católicas e as mulheres sem religião têm uma taxa média de fecundidade de 1,5 filhos por mulher, próxima às evangélicas, mas ainda superior à média de outros grupos religiosos no país. Por outro lado, as mulheres que seguem religiões não especificadas apresentam uma média de 1,4 filho por mulher, enquanto no grupo de umbandistas e candomblecistas a taxa é de 1,2 filho por mulher.

Perfil de Maternidade

Os dados também revelam que, entre as evangélicas, a maternidade se concentra principalmente nas idades entre 20 e 29 anos, com um pico significativo na faixa de 25 a 29 anos, onde mais de 25% dos nascimentos ocorrem. Esse padrão é semelhante entre as católicas e as mulheres sem religião, com predominância também na faixa etária dos 25 a 29 anos.

Por outro lado, entre as espíritas, a tendência é oposta, com taxas de fecundidade atingindo o pico entre os 30 e 34 anos, indicando uma postergação da maternidade em comparação com outros grupos religiosos. Essa curva mais diluída ao longo das faixas etárias reflete um comportamento reprodutivo mais tardio.

Análise Sobre as Religiões e a Fecundidade

O IBGE ressalta que, com base nos dados preliminares, não é possível determinar se a crença religiosa é o único fator motivador para a diferença nas taxas de fecundidade. Os pesquisadores destacam a importância de analisar a religião em conjunto com outras variáveis sociais para uma compreensão mais abrangente desse fenômeno.

O recenseamento realizado incluiu mulheres a partir de 12 anos de idade, levando em consideração o número de filhos nascidos vivos até a data de referência. Ficou estabelecido que filho nascido vivo é aquele que, após o parto, demonstrou sinais de vida, mesmo que tenha falecido em seguida.