Filho de Lula viaja em avião oficial com ministro: polêmica reacende

A recente viagem de Luis Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um voo oficial da Força Aérea Brasileira (FAB) na companhia de um ministro do governo, gerou novas discussões sobre o uso de recursos públicos. Acompanhando o ministro Fernando Haddad em um trajeto entre São Paulo e Brasília, Luis Cláudio embarcou juntamente com outras oito pessoas, em sua maioria integrantes da equipe da Fazenda. Essa não foi a primeira vez que o filho do ex-presidente Lula utilizou um assento em um avião oficial. 

Anteriormente, em 2025, ele também viajou com o ministro da Defesa, José Múcio, no mesmo percurso entre São Paulo e Brasília. O Ministério da Fazenda, ao ser contatado, explicou que o decreto que regulamenta os voos da FAB permite o uso das vagas remanescentes por cidadãos comuns, caso o ministério não as preencha. Mesmo sem ocupar cargo público, Luis Cláudio desfruta de certos privilégios, circulando por áreas exclusivas nos aeroportos. 

Os passageiros da FAB geralmente embarcam em espaços reservados na Base Aérea de Brasília e desembarcam em áreas VIP, como a ala de autoridades no Aeroporto de Congonhas em São Paulo. 

Essa carona de Luis Cláudio reacende o debate sobre o acesso de pessoas próximas ao presidente a aeronaves oficiais, sobretudo quando não possuem função governamental. Vale ressaltar que além de Luis Cláudio, outro filho do ex-presidente, Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, também já utilizou voos da FAB, acompanhando ministros em viagens. 

Embora não haja ilegalidade na prática, uma vez que autoridades podem ceder assentos, o uso das aeronaves oficiais tem levantado questionamentos e críticas. A discussão permanece acirrada sobre a transparência e a ética no uso de recursos públicos para beneficiar pessoas sem cargo formal no governo.