FNNIC 2025: Teresina é a primeira cidade do país a assinar o novo ciclo
A adesão aconteceu na manhã dessa sexta-feira (12) no segundo dia do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção.
O Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC) iniciou seu segundo dia de painéis com a presença do prefeito de Teresina, Silvio Mendes, e de principais lideranças da Caixa Econômica Federal e do setor de construção imobiliária. Além do painel de abertura, sobre as principais mudanças do financiamento para a classe média, o momento foi marcado pela adesão da capital piauiense como a primeira cidade a assinar o novo ciclo do Minha Casa Minha Vida FAR 2025.
Atualmente, a região Nordeste é a segunda que mais possui déficit habitacional no país, atrás apenas da região Sudeste. Em Teresina, o déficit atinge a marca de 40 mil casas. Com a assinatura, o estado do Piauí será o primeiro a se beneficiar com esse empreendimento. O Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) tem como objetivo garantir moradia para famílias em situação de vulnerabilidade.
A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, esclarece o impacto do MCMV FAR: “Essa modalidade possui duas importantes frentes, que são fornecer moradia para quem não tem condições de pagar e atender necessidades de áreas de risco, dando assim maior resiliência às cidades”, explica.
Abrindo o painel de programação desta sexta-feira (12), as lideranças discutiram as mudanças do financiamento habitacional para a classe média no Brasil. O bate-papo apresentou dados habitacionais importantes. Cerca de 30% da renda das famílias que residem em capitais é destinada ao aluguel. Já a classe média representa menos de 7% no setor de financiamento da casa própria.
“A principal questão habitacional para as famílias dessa faixa é que elas não têm os subsídios que a classe mais baixa possui, e a taxa de juros é muito alta. As pessoas não estão conseguindo comprar como gostariam e como deveriam”, afirma o diretor do FNNIC, André Baia.
Durante o fórum, foram discutidas medidas para contornar essa situação de entrave nas famílias das classes B e C, como diminuição da taxa Selic, poupança de crédito imobiliário e redução da demora na emissão de alvarás de construção. De acordo com a Caixa, o governo federal vem utilizando recursos oriundos do pré-sal e ampliando a oferta de crédito para impulsionar a faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, destinada a famílias com renda de até R$ 12 mil para imóveis de até R$ 500 mil.
O painel foi finalizado com debates em torno da construção sustentável e da economia, com foco em incentivar o crescimento das adesões por parte da classe média brasileira. Temas como materiais diferenciados para cada especificidade das regiões brasileiras, diminuição da emissão de carbono e energia solar foram as principais abordagens.
O diretor do FNNIC no Ceará, André Montenegro, apresentou cases de sustentabilidade aplicados ao setor: “As construtoras precisam focar em sistemas inovadores para viabilizar os custos. Demos o exemplo da introdução de painel solar e fogão elétrico dentro do financiamento da casa. Assim, o morador já abate custos de energia e gás da sua moradia”, conclui.
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O IX Encontro do Fórum Norte Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC) conta com o apoio do Instituto Pipa, Viana e Moura Construções, Estrela da Manhã Construtora, Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI), Prefeitura de Teresina e Secretaria de Estado da Cultura do Piauí (Secult).
O evento tem patrocínio da Rede Máquinas, CRV Portas e Janelas, BCB Inteligência, Konstroi, VMV Real Estate, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA/PI), Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), por meio do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Piauí (Creci/PI), Governo do Piauí, Sebrae, Elo Cartões, Cartões Caixa, Azulzinha, Caixa Cartões e Governo Federal.
Fonte: Direto da Redação
