Gripe aviária no Brasil: Perspectivas e desafios em 2023
Professor Marcos Jank analisa impactos e medidas diante da gripe aviária no Brasil.
A disseminação da gripe aviária no Brasil tem gerado impactos significativos no setor de exportação de carne de frango, conforme apontado pelo professor e coordenador do Centro Insper Agro Global, Marcos Jank. Segundo Jank, a chegada da doença ao país já era prevista, considerando a ocorrência global do vírus em diferentes regiões nos últimos anos.
Preparação e Medidas de Controle
Desde o ano 2000, o Brasil vem se preparando para lidar com a situação, intensificando os esforços após o registro do primeiro caso em animais silvestres há dois anos. Marcos Jank ressalta que a gripe aviária é uma doença que estava presente em outros continentes e já havia chegado aos países vizinhos antes de alcançar o território brasileiro.
O professor destaca a importância das medidas adotadas até o momento e a necessidade de conviver com a doença implementando estratégias de zoneamento. Contudo, alerta para as divergências nos protocolos de países como China e União Europeia, que suspenderam temporariamente a compra de frango do Brasil, exigindo uma abordagem diplomática para aceitação da regionalização das medidas de controle.
Competência do Setor Avícola Nacional
Jank enfatiza a competência e organização do setor avícola brasileiro, reconhecendo a tecnologia de ponta utilizada nos sistemas integrados de produtores, cooperativas e agroindústrias do país. Atualmente, o Brasil é responsável pela exportação de carne de frango para 160 países, evidenciando a relevância do setor para a economia nacional.
Perspectivas e Otimismo
Apesar dos desafios impostos pela gripe aviária, as perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2023 permanecem otimistas. Marcos Jank prevê um ano promissor para as exportações do setor, com projeções que superam os 180 bilhões de dólares. O professor destaca as safras recordes de soja e milho, além dos resultados positivos esperados nos segmentos de frango e carne bovina, reforçando a robustez da produção agrícola nacional.